Seja bem-vindo(a). Este é um espaço pessoal onde, desde 2007, reúno poemas, ensaios e artigos de minha autoria, compartilhando também um pouco da minha trajetória como terapeuta junguiana e ativista ambiental. É um espaço aberto, para escritores(as) de várias partes do mundo.

19/07/2008

Maria Lúcia Dal Farra em entrevista

A POETISA MARIA LUCIA DAL FARRA nasceu em Botucatu, São Paulo. É professora doutora de Literatura Portuguesa e pró-reitora de Pós-graduação e Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe. Publicou, entre outros, “O narrador ensimesmado”; “A alquimia da linguagem”; “Inquilina do Intervalo” e “Livro de auras”. É casada com o escritor Francisco J. C. Dantas, autor de “Coivara da Memória” e “Cartilha do Silêncio”, entre outros livros. O casal já esteve no RN algumas vezes, sempre participando de eventos literários, e travou amizades com o poeta Luís Carlos Guimarães, os escritores Oswaldo Lamartine e Humberto Hermenegildo e os jornalistas Woden Madruga e Tácito Costa.
Que espaço a poesia e a literatura ocupam em sua vida?
M.L.D.F. São ambas a minha própria vida. De um lado porque escrevo poesia, de outro porque ensino literatura.
O labor do(a) poeta necessita de que alimento? E quando falta...? M.L.D.F. Leitura cotidiana dos pares e abertura sensível para a experiência do outro e da vida. Nunca falta, se há alento e disposição. A solidão anima o(a) poeta? Como estar só diante de um mundo tão frenético? Como "ouvir o silêncio" no entorno?
M.L.D.F. A solidão é fundamento da existência. O bulício do mundo também. O aturdimento ajuda a ouvir o que não se percebe no silêncio.
Como definir a importância do ritmo em seus versos? Parece que você tem uma íntima relação com a música?!
M.L.D.F. Se a poesia te entra pelo ouvido, ela te toca a mente e te possui. A música (a melodia e o ritmo) abre uma senda de ramificações para o encantatório, região própria da palavra emprenhada, da palavra poética. Creio ter um ouvido privilegiado à custa dos meus familiares. Cresci, desde sempre, escutando meu pai tocar e cantar com o Angelino de Oliveira, o autor de “Tristeza do Jeca”, que é de Botucatu, minha terra natal. Além do violão, meu pai tocava a sanfona semitonada italiana de muitos baixos, que passou de geração em geração até chegar às suas mãos. Nela executava ópera e tangos e tarantelas, e aprendi a cantar com ele em dueto, desde pequenininha. Estudei piano pela vida afora e, ao mesmo tempo, canto lírico. Em 2002, recolhi as canções inéditas do Angelino (que meu pai já resgatara em volume) e acabei por gravá-las, acompanhada pelo meu primo Zebba Dal Farra, num cd duplo que se encontra fora de mercado.Me desviei da pergunta, afinal, e encomprido a resposta. Creio que cada poema pede um ritmo, uma melodia íntima que estabelece consonâncias e dissonâncias com meus pares (quando digo isso refiro-me a um extenso lastro de experiência de leituras) - os afetados por aquela escrita. Busco a música que aquela matéria me pede e que dialoga (de muitas maneiras) com outra obra que tenha tratado daquela questão ou por ela resvalado. Para mim, o poema é o lugar da mais profunda comunidade, muito embora seja solidão pura.
Sua poesia é permeada, em muitos momentos, por lembranças, memórias, inclusive de ancestrais familiares... O que a leva a se utilizar de tal matéria?
M.L.D.F. Bem, como descendente de imigrantes italianos, de um lado, e de andaluz casado com avó nativa índia, de outro, sempre procurei desbastar, em mim, a identidade que explicasse essa brasileirice. E precisava encontrar uma linguagem condizente com tal urgência que, sendo biográfica, era antes de mais nada poética, a de registrar, a meu modo, uma dicção de mulher brasileira fruto dessa mistureba – se é possível conseguir isso... Mas tentei, e foi assim que nasceu toda uma seção do “Livro de auras”, a Lição de casa, o que era um acerto de contas com a minha história pessoal ao mesmo tempo que um desafio enquanto poesia de comunicação numa época de perda da aura.
Sem a intenção de tocar exatamente na questão da existência - ou não - de uma literatura/poesia feminina, indago: Sobre que conteúdo da mulher você mais deseja se expressar e que mais a move na produção de sua obra? M.L.D.F. Sempre projetei escrever uma poesia que percebesse o mundo por um imaginário muito específico, o culturalmente feminino, já que sou feita desse barro – o que não impede um homem de fazer o mesmo, claro está. E nunca se tratou, para mim, de produzir apenas um olhar, mas uma fala, uma linguagem, e, na melhor das hipóteses, uma poética. Me interessa explorar essa linguagem até as últimas conseqüências, saber até onde posso levá-la por esse viés. Tratando de uma obra de arte ou de quaisquer trivialidades, sempre busco descerrar esse objeto por meio da digital feminina.Mas isso não quer dizer que a minha poesia dialogue apenas com poetisas, com mulheres. Posso assegurar que procuro ter direito de cidadania dentro de uma tradição poética em língua portuguesa, é verdade, que acata para si as experiências de outras literaturas de outras línguas e de quaisquer gêneros, pelo menos até onde posso alcançar.
Como se estabelece a convivência e a rotina literária e intelectual entre você e seu marido (escritor Francisco L. C. Dantas)?
M.L.D.F. Com a naturalidade de dois cúmplices amigos e amantes.
Quais os móveis remoto e imediato para o fazer literário?
M.L.D.F. Sabe que nunca me perguntei a respeito? Parece que desde que me entendo por gente sou assim, escrevo, canto, toco, me dedico profundamente às artes, adoro o teatro, o cinema, o ballet, a ópera, sem esquecer dos bichos. Não sei se porque sou filha de uma família absolutamente sensível à música e à literatura e fui criada nesse ambiente, ser poetisa e artista sempre foi da minha natureza mais profunda ou periférica. Desde criança que os meus e os da minha terra me têm assim e me vêem desse modo. E nunca fui outra coisa. Nunca fui boa em matemática ou em física, muito embora me hipnotizem essas teorias a respeito do universo e das forças que desconhecemos, o que me levou a estudar esoterismo, por exemplo, e isso ainda na década de setenta, e a me descobrir um pouco bruxa – daí meus gatos?! De resto, escrever sempre foi para mim uma urgência, uma maneira de eu me reconhecer criticamente, de me espelhar naquilo que faço, e de proclamar, a cada vez para mim mesma, uma nova existência. O que independe de estar ou não inserida nos trâmites pragmáticos que regem hoje a literatura, muito embora eu procure entrar em interlocução com estes na medida em que produzo declaradamente uma obra que se quer resistente ao consumo, arcando, pois, com toda a sorte de conseqüências – mercadológicas e (graças a Deus!) literárias...
Há uma delicada sensualidade em alguns de seus poemas. Qual o lugar do erotismo e da sexualidade em sua poesia?
M.L.D.F. Nem tão delicada assim em alguns deles, creio. Há, às vezes, um transbordo sensual, que pode vir tanto do motivo erótico do poema quanto da labuta amorosa entre as palavras no esforço de criar algo – o Breton não dizia que as palavras fazem amor entre si? Lembro-me de que lia, num encontro de escritores, uns poemas para uma ampla platéia, e que senti, com clareza, ir subindo a temperatura emocional dos ouvintes – e a minha, claro está. O poema produzia um não sei quê de muito envolvente que contaminava as pessoas, e pela primeira vez me dei conta de me comunicava com meus interlocutores reais de maneira plena. E experimentei essa doçura, esse mistério gozoso. E estou sempre em busca desse arrepio, desse frenesi que me permita entrar em entendimento profundo com o outro. As palavras permitem isso!
Que matérias podem ser objeto de um poema?
M.L.D.F. Digo com Herberto Helder que tudo é mesa para o poema.
As universidades ainda têm espaço para a criatividade e a arte? Não é a técnica, o método, e a extrema "racionalidade" que estão exageradamente predominando na produção acadêmica atual?
M.L.D.F. Essa pragmática governamental de determinar prazos para a preparação e defesa de mestrado e de doutorado, iguais e exíguos prazos para disciplinas de natureza tão diferenciada, traçando indiscriminadamente os mesmos critérios para matérias e esforços diversos, o que é de todo questionável – tem arrasado com a possível excelência da produção intelectual nas universidades. Tem interessado a tais órgãos fomentadores muito mais o número de produções do que a qualidade, de maneira que os nossos acadêmicos se fizeram aplicados de todo em locupletar o próprio currículo do que em produzir ensaios ou obras que se querem acima do comum - e isso é mau. Todavia (e eu ando muito por este Brasil afora como partícipe de bancas de tese e de concursos, e mesmo como assessora do CNPq), tenho testemunhado casos em extremo meritórios e, sobretudo, da parte de universidades humildes do Nordeste, que procuram crescer a partir de uma mui séria produção intelectual. Fiquei muito impressionada ultimamente, para citar um belo exemplo local, com o nível das letras na Universidade Federal do Piauí.
O que seria, no seu entender, um projeto literário que guarda "consistência"?
M.L.D.F. Bem, se é “projeto”, significa que ele se espraia para diante, que ele se futura, que ele se precipita para uma realização, que ele se adianta pronto a assimilar as intempéries do seu próprio impulso, reatualizando continuamente o previsto. Isso, por si só, já lhe confere uma consistência, se entendo bem a pergunta que me faz. Agora, se além de tudo, ele se enraíza dentro da tradição literária, ele troca figurinhas com os seus pares contemporâneos ou remotos, enfim, se ele procura sustentação própria, contestando a tradição ou aderindo criticamente a ela – penso que ele obterá a tal da “consistência”.
A literatura (a boa literatura) pode ser limitada por aspectos geográficos e/ou econômicos? Como se mexer, com o menor grau de risco, no atual mercado editorial brasileiro?
M.L.D.F. Claro que sim! Os aspectos geográficos e econômicos são fundamentos com os quais lida internamente a literatura, de uma ou de outra maneira. Ou ela os absorve nas suas próprias leis de produção ou se rende a eles e diz adeus às ilusões – não é à toa que Balzac, nos primórdios do processo de mercantilização desbragada da literatura, já pensava nisso. Agora, nessa empresa, não dá pra mexer com o menor grau de risco. Arrisca-se sempre tudo quando se bole com isso. Mas a literatura não é, também, uma experiência de limites?
O que (que obras, movimentos e/ou autores) o Nordeste tem hoje a oferecer à literatura nacional?
M.L.D.F. A pergunta é engraçada porque pressupõe que o Nordeste não seja literatura nacional. E sei de onde vem isso: o anátema que paira sobre os regionalismos nos fizeram crer que só algumas das coisas que produzimos aqui é que podem pertencer à literatura nacional.
A cena cultural e literária brasileira vive um bom momento?
M.L.D.F. Você diz bem: você diz “cena”, o que inclui certamente todo mercado cultural que compreende a literatura brasileira, e, portanto, lobbies e outros tipos de investimentos ou especulações mercadológicas. Porque ouço sempre os editores dizerem que esse mundo está se acabando, que a internet vai engolir o livro e blablablá, quando vejo editoras crescerem desmesuradamente e outras, é verdade, mudarem por inteiro os seus rumos para sobreviverem. Também vejo como entram nesse mercado brasileiro outras flâmulas, outros selos internacionais – pra bem? pra mal? O fato é que, segundo a minha própria experiência, nunca vi tanto livro no mercado, nas livrarias, livros que versam sobre quase tudo no mundo, inclusive sobre as próprias posições do mercado editorial. Não que sejam acessíveis os livros – estão a cada dia mais caros, muito diverso do que acontece, por exemplo, aqui bem perto de nós, na Argentina – e não por causa da diferença de cotação da moeda. Agora, o problema é que não sinto quase interesse pelo que se publica normalmente com essa fúria, pois que a qualidade, do meu ponto de vista, me parece suspeita – ou então não entendo mais nada de literatura. Tenho participado pelo segundo ano, como júri intermediário do Telecom Portugal, e fico a cada vez mais impressionada com a quantidade de livros inscritos para o prêmio – e aqueles que considero superiores raramente se encontram na lista final.
A cultura teve avanços com o Ministro Gilberto Gil? Você acredita na essencialidade, na importância do Estado para a produção e desenvolvimento da cultura de um povo? Ainda há necessidade de mecenato no nosso país?
M.L.D.F. Não sei dizer. Mas penso que a cultura não avança apenas graças à presença ou não de subsídios – acho que, por meio destes, ela se mostra mais, ela aparece e se torna mais transparente: tanto para o seu melhor quanto para o seu pior. Há muita manifestação cultural de péssima qualidade que eu vim a saber da existência através dos meios de comunicação oficiais ou graças ao presente “mecenato”, como você diz.Agora, pra mim, quanto mais o Estado se mantiver afastado das produções culturais, melhor é. Porque não há jeito: sua presença na arte é sempre interferência, e acaba por fazer pender a produção cultural pro lado donde sopra o vento, e o mecenato vira ingerência. Já assisti a muita “conversão” cultural porque, não há como negar, os fins passam a ser outros, de caráter puramente pragmático e político, e bem no mau sentido. Acho que devemos, sim, exigir do Estado, sempre e permanentemente, aquilo que nos é de direito!
Que importância você vê nas feiras, festas, bienais literárias? Acrescentam algo à formação ou confirmação do público leitor?
M.L.D.F. Quando a gente fala de feiras, festas, bienais literárias, fala de cultura de massa, e o conceito é outro – a mediania. Eu mesma, quando estive aí da última vez, fui surpreendida pelo interesse do público em geral, que supunha mais universitário e especializado, tal como o tinha encontrado antes, também aí, num evento muito menos concorrido e com muito menos estrelas. Só no momento em que me vi no palco (e uso de propósito essa palavra porque era disso que se tratava), compreendi que deveria ter feito outra atuação, muito mais voltada para memória e para os depoimentos pessoais, que propriamente para aquilo que eu havia me preparado, levando paper e tudo o mais. Acabei parecendo arrogante quando estava só de papel trocado. Tinha de mudar de faixa e de sintonia, e acabei ficando presa no modelito que tinha trazido e que pareceu aos meus pares de mesa um... espartilho. Mas, para a próxima me emendo, porque também sei fazer o que for necessário para entrar em entendimento com esse tipo específico de público, pois que conheço bem a importância de a gente chamar a atenção das pessoas para a cultura e, ainda mais, para a literatura. E, nesse caso, respondendo à sua pergunta, creio que eventos desse tipo ajudam a formar público leitor.
Que referências intelectuais e literárias lhe são mais caras? Quem merece ser lido ou relido no Brasil e no mundo?
M.L.D.F. Rilke, Lorca, Jorge de Lima, Francis Ponge, Graciliano, Walter Benjamin, Auerbach, Candido, Bosi, Bachelard, Carlos de Oliveira, Murilo, Cabral, Rimbaud, Herberto Helder, Fiama Hasse Paes Brandão, Robert Dierckx, Agustina Bessa-Luís, Clarice, Cecília – e esta ordenação é puramente aleatória, sendo que deploro muito não apreciar ainda aqueles autores que não cheguei a conhecer, mas que me aparecerão a qualquer momento, o que significa que esta lista permanece em aberto até o fim dos tempos. Descobri há pouco talentosas romancistas e contistas, a brasileira Adriana Lunardi e a portuguesa Inês Pedrosa, esta última também extraordinária cronista. A Gilka Machado é outra que precisa ser relida hoje em dia, mas parece que os herdeiros não deixam. Há um rapaz de peso, que admiro muito, o Marcos Siscar, que foi meu aluno na Unicamp, e que encontrei agora assim, poeta completo. Há outro grande poeta que precisa ser lido e relido, escritor extraordinário - Rubens Rodrigues Torres Filho. Prezo muitíssimo o poeta Luís Carlos Guimarães e o escritor querido Oswaldo Lamartine, ambos saudosos e do meu coração – que merecem leituras, merecem estudos, merecem publicações. Também um outro escritor pouco conhecido, o mineiro-goiano Carmo Bernardes, muito apreciado por Francisco, precisa fazer parte do regime de leituras desta língua portuguesa. Faltam muitos mais, dos quais hei de me lembrar quando der por encerrada a entrevista – e já então irremediavelmente ausentes desta lista, mas não da minha atenção.
Em que a aridez e o calor do Nordeste a motivaram a abandonar São Paulo por esta terra? M.L.D.F. Eu vim pra cá hipnotizada pela paixão. E isso não significa bem uma escolha, mas um fado – com letra e música... Depois que voltei a mim, que a paixão se transformou definitivamente em amor, aí, sim, me dei conta do que estava em volta, e passei para a fase da decisão de viver aqui. Ainda não sei se entendo alguma coisa do Nordeste, porque o repertório é imenso, e a cada minuto me extasio com outra e outra descoberta. E sou muito agradecida a este lugar, tanto quanto a sua terra enrijecida e devastada e nua o é à chuva que lhe descobre brotos e entranhas novas num repente, mal sente o toque da água a banhá-la. Muitas vezes me surpreendo assim aqui, em estado de seiva pulsante, de verdes buliçosos.
Você revelaria algum código secreto do escritor? Existem? O único código é ser fiel a si mesmo.L.O. Sobre que projetos tem se debruçado (na literatura e na vida)?
M.L.D.F. Ultimo um livro de poemas chamado “Palimpsestos”. Tenho no prelo, em Portugal, pela Quasi Editora, a edição das cartas de amor de Florbela Espanca, inéditas, provavelmente pronta para o final deste ano. Trabalho num projeto sobre o imaginário feminino em língua portuguesa, que relê vários escritores, e isso vai se transformar num livro. Tenho também vontade de reunir todos os meus escritos sobre a Florbela num volume, o que está no horizonte. E penso rever o meu trabalho “Esoterismo e poesia da modernidade”, deixado há séculos na gaveta, para publicação. Saiu também agora neste mês um livrinho meu sobre a Florbela pela 7 Letras do Rio. Por outro lado, lido agora com a questão de ser letrista de canções: estou preparando a letra em português para três canções de um extraordinário compositor americano, que é professor de jazz em Berkeley, o Ted Moore. Até o final deste ano sai um cd da Joésia Ramos, a nossa médica-musicista sergipana, com músicas de sua lavra (há apenas uma minha ali), e com letras minhas, na maioria (Francisco também coopera com uma), que registra a trilha sonora da peça “Os desvalidos”, baseada no romance de Francisco, e posta em cena pelo grupo “Emboaça” daqui do Sergipe. Estou feliz porque começo a participar mais ativamente de encontros e congressos enquanto poetisa e não mais como crítica literária, o que já é um acontecido. Vou para o México e para a Argentina dentro em breve para isso, e fiquei muito feliz em me ler em castelhano na recente “Punto Seguido”, em tradução de Claudia Bedoya, e na apresentação de Claudio Willer. Outra coisa boa foi participar da coletânea-catatau da Unicef, publicada no ano passado, “Las palavras pueden: los escritores y la infância”. Como não sou mediática e tampouco tenho agente literário e como sou como Francisco, desses seres solitários sem nenhuma relação com o marketing, penso que tais chamadas e publicações são de fato uma dádiva - assim como esta entrevista que você me destinou. E lhe sou muito grata por isso, Lívio.
Fonte:
Entrevista concedida pela poetida ao escritor Lívio Oliveira e publicada no site Substentivo Plural (http://www.substantivoplural.com.br/artigo.htm)

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