A mulher com a boca cheia
de mel.
Escorriam de sua boca, fluídicas,
Já alcançavam os seios
àquelas gotas douradas....
pareciam armadilhas
prontas para capiturar o Ávido
olhar
visgo
Uma doçura... melaço negro,
spectrum
Sabor de abismo
De morte
Ela estava predestinada.
Seu corpo exalava, agora
perfume de rosa
podre aroma de adeus
Belo e triste...
Ela, a noiva funesta,
fechara os olhos.
Seu amante estava lá.
Amou-a por toda vida,
A cada lágrima derramada
a lembrança
viagens gozozas e frustradas
Naquele corpo
Inerte e fúngico.
Desesperado
Lança-se sobre o corpus
Quer renovar seus votos
obsoletos
Do casamento inplicito
Noiva de Éter
Holometabólica
Bilateral
Quem sabe o seu destino?
Seu corpo
Doce...
Derrama-se,
Agora, Cada vez mais
Manacial.
E dizem que...
E choram e
HIPOCRISAM
Cheiro de crisântemos
A vida ex vai-se
O desejo não morre
Viaja com suas asas ferrugíneas
Mandaçaia
Para além de nossa compreensão.
Poesia funesta
Renata Bomfim
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