29/03/2007

Ode a Wilson


Ode a Wilson

Leve no jeito
Livre na essência
Wilson desliza
Nem sempre tranqüilo
Pelo Centro de Letras.
Wilson é a própria letra
Em forma de gato
Em forma de poesia
No antigo Egito foi
Conselheiro dos Faraós
Sua sabedoria felina
Dos gatos exilados de Capela.
Encarna contemporâneos branco e preto
Na alma traz as cores do arco-íris
Nem todos conhecem Wilson
A maioria nem o vê
É preciso sensibilidade
É preciso enxergar infravermelho
Para poder vê-lo em toda sua glória.
Ou uma lente mágica
Que apenas almas de artistas
e poetas trazem quando nascem
Com esta lente, além do Wilson,
Vêem-se os seres elementais.
Os elemetais do fogo, do ar e da água
São seus amigos
Juntos eles contam histórias
e relembram as canções
De um tempo quando
natureza e homem eram um só
E a força das substâncias era a matéria prima do espírito
Dinamizando o encontro e a vida.
Wilson também é contradição
é completude
é aquilo que o homem deseja, mas,
raramente pode ter
a liberdade em todos os idioma
inclusive o sânscrito.
É amor incondicional
É poesia sussurrada pelo vento
Pelos pássaros generosos
Que se oferecem em alimento.
Wilson é uma lição animal de humanidade
É o espaço e o tempo condensados
Num salto perfeito
Num romronar...
É a constatação de que a vida
simplesmente É!
Milagre e esperança.

by Renata Bomfim
Singela homenagem a Wilson, meu amigo felino do Centro de Letras da UFES.

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