06/09/2007

Viagem

Penetrar o teu olhar
e imaginar
um abismo
um convite obceno
Mergulhar neste abismo
dizer sim, entrega e deleite
de-cantar os poemas mortos sob a luz da
minha vergonha
do tédio e da ilusão
Cântico de ansiedade
ser da vida o que se foi e um dia ressurgirá
quem sabe, sob a forma de um peixe
no portal de Aranderê.
Caminhos com pinguelas estreitas
onde encontrei Você
deste lado aí - o paraíso
ruas de ouro e solidão
Podemos nos tocar com o som
que sai das nossas bocas ressequidas
ávidas por beijar o infinito
linguas santas
trocando saliva- cósmica
nós nos entendemos e
somos chegados
mesmo que a gravidade nos puxe
e amalgame
do mágma nosso movimento será
de ascensão.

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