Seja bem-vindo(a). Este é um espaço pessoal onde, desde 2007, reúno poemas, ensaios e artigos de minha autoria, compartilhando também um pouco da minha trajetória como terapeuta junguiana e ativista ambiental. É um espaço aberto, para escritores(as) de várias partes do mundo.

20/07/2008

Educação ambiental em Vitória- Salve os ecochatos!

Amigos, saiu uma nota hoje no jornal A Gazeta (Caderno Dia-a-dia/ Segurança), daqui de Vitória (ES) com o titulo Inconsciencia ambiental. Ela traz à luz uma triste estatística que mostra como a população da região metropolitana de Vitória ainda conhece muito pouco, e se interessa ainda menos, pelas questões ambientais. Mas baseado em que eles dizem isso?
Bem, uma pesquisa realizada por alunos do curso de direito da UNIVIX, que ouviu 1.028 pessoas dentre as quais 42,5% com curso superior, mostrou que a população ainda não sabe a quem recorrer e o que fazer em caso de problemas ambientais. Muitas dessas pessoas não sabem se no decorrer do seu dia causam prejuízos ao meio ambiente e não levam em conta, por exemplo, a questão ambiental na hora de compar um produto. Esta pesquisa será apresentada pelos alunos da UNIVIX no I Encontro Latino Americano de Universidade sustentáveis, no Rio Grande do Sul. Bom, o mesmo jornal no caderno Economia, traz uma matéria página inteira sobre o promissor campo profissional que é o Ambiental, com o título: Nada de ecochato: procura-se especialista em meio ambiente.

Particularmente, acredito que todo profissional que realmente tem compromisso com a causa ambiental é um pouco ecochato. Você quer algo mais antipático que um cara ouvir dizer a verdade sobre os impactos da produção de carne para a natureza, sendo um fã incondicional de uma picanha gorda? Ter que escutar que, para se produzir em média um quilo de carne, 10 mil metros de floresta são desmatadas, 15 mil litros de água doce são gastas, fora que o descarte de vísceras, fezes, ossos, sangue, etc., são feitos nos rios e consome-se muita energia elétrica.
O consumo de água para além da criação do gado se extende para os processos de abate: sangria, escaldagem, depenagem, depilação, barbeação, evisceração, lavagem, etc.
Pois é, a carne tem um custo ambiental e esse custo não é computado no balcão do supermercado, quem paga é o meio ambiente! mas pra que saber disso, podendo comer a picanha na ignorância? talvez por isso o desinteresse com o meio ambiente, assim não haverá necessidade da pessoa se posicionar.
Fiquei muito feliz com a vinda de Nina Rosa ao ES, essa mulher muito especial, um exemplo de amor a vida e coragem na luta contra a crueldades contra a vida/meio ambiente. Ela é considerada por alguns uma ecochata, por falar verdades inconvenientes, por colocar o indivíduo frente a frente com a sua barbárie.
Eu tenho uma filosofia pessoal, se quero saber se uma atitude é correta, eu a imagino sendo praticada pela coletividade. Portanto acho que as áreas utilizadas como pasto poderiam ser utilizadas para a agricultura (por exemplo a familiar), não com monoculturas, como costumamos ver ao pegar qualquer estrada do ES. Enfim, ecochatianamente falando, reflitamos.
(os dados estatísticos sobre a criação de gado podem ser encontrados no site http://www.svb.org.br/)

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