11/11/2008

ovo cósmico

A falta toca o peito e
abre buracos no tempo/espaço
(aproveito)
afasto pensamentos limitadores
sombras
A leveza me invade
viajo nas asas do vento

Sou Fernão Capelo Gaivota
Ulisses nos braços de Circe
Sou Eva cantando triste
(desejosa)
pela fruta que tanto gosta

AH! se eu pudesse beber do Letes
e ser inaugural como a alvorada
ser Divina
e não essa fêmea bruta
mulher em construção
alterada pelas limitações
e mesquinharias
da humanidade nata

As mãos tecem desafios
Criam inéditas formas de ser
e existir
abro os olhos para o novo que surge
(tímido)
Fruo estes versos
que são andorinhas
e  voam em direção a você

Te convido para brincar
para decantar palavras
celebrar alianças verbais
que se tornarão carne

Me empresta a tua voz ?
e canta com a minha lira
escreve outro poema
vivo, lúcido
Rizoma que justifica
o meu intento

Estou descansada
meus olhos se fecham
respiro suavemente
cabeça erguida
mãos estendidas
Amigo,
somos flechas
mirando o infinito


Um comentário:

Cristiana Fonseca disse...

Olá Renata
O que dizer diante de tão sublimes poemas, apenas me encanto e leio.
Li apenas dois.
Voltarei para ler os outros com certeza.
Abraços,
Cris