15/02/2009

poema em suspenso

Você não está mais aqui
embora o teu corpo oco esteja
sempre perto
exalando um cheiro odiondo
e antiecológico de plástico e
tédio
cheiro de quem se acomodou
cheio de indiferença
Se fosses rio
eu diria que
tudo o que você represou
te matou
e se fosses mar
Eu colheria os frutos desse
mar mortos
poluído
E o vento vai levando embora
os vestígios dos dias felizes
de saciedade
e céu azul.

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