O poeta se julga superior e
no momento da criação é plutão
atingido por meteoritos.
Ele necessita beber da alma alheia e
planar seus versos com a ajuda
dos ventos norte e sul.
Se banhar na chuva mansa, regozijar na tempestade
e dormir ao relento, onde o frio adensa.
Buscar veios de ouro e água doce no deserto,
ser natural e urbano, humano a se desfazer
em materiais vários.
Este ser esquisito: redondo e plano, preto e branco,
traz no sangue as linhagens de reis,
de putas e de soldados.
Possui grande olhos azuis e orelhas atentas,
faróis que iluminam a existência,
e captam sentidos no vazio, esvaziando
outros tantos.
É um mago condenado.
É tantos e todos que é ninguém
Bruma solitária que vaga
entre pepitas de ouro e cadáveres.
bairenatabomfim
Um comentário:
Adorei a suavidade e a clareza que vc utilizou para descrever um poeta..... Metáforas sublimes, conclusões inteligentes e sensíveis.
Parabéns....
OBS: No mês de fevereiro, procure em meu blog o texto "Personagem Notável"
Acho que vc vai se identificar nele....
besos
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