04/11/2010

Canto à Sakineh

XXXXXXXXXXX Em memória de Joana D'Arc
Sakineh
Tuas mãos guardam as linhas
do destino de toda mulher
que ousa viver.
Tua boca guarda discursos
XXXXXX não proferidos]
Ensurdece esse silêncio maldito!
O coro só canta desgraças.
O teu corpo,
templo sagrado onde vibra a luz,
foi profanado!
A tua beleza tornou-se insuportável
para o horror e o terror
que traz a morte nos olhos e nas mãos.
Busco ver para além do horizonte e
imaginar algo diferente, um porvir,
uma saída.
Quando se fechará essa ferida
aberta, milenar?
Temo que encenes a tragédia
da história das mulheres
que ainda hão de nascer.
Poie és o retrato fiél de um presente
que não quer se aceitar, e nem
ao passado, duplo que o persegue.
Como esquecer, Sakineh,
a desgraça histórica e a nossa condição?
XX─ das pedras que nos jogaram?
XX─ do fogo que nos queimou,
XX─ do nosso corpo, virgem, violado?
XX─ da nossa voz silenciada
por meio da força? E dos murros,
dos pontapés, do mal dizer?
Temo por mim, por você,
Temo, teimo!

renatabomfim

2 comentários:

Tatiana Brioschi disse...

Olá Renata, prazer, vi parte de sua entrevista no Dedo de Prosa e gostei muito do que falou, concordo com o que você disse sobre a distribuição dos livros dos capixabas, etc. Sou poeta também (não sei se você viu minha entrevista do Dedo de Prosa...) e lancei o livro de contos Vila Velha Mundo. Parabéns pelo seu trabaho. Queria seu endereço pois deu erro no "email" do seu perfil.
abraços Tatiana Brioschi.
tatianabrioschi@gmail.com

Anônimo disse...

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