31/01/2011

Yggdrasil e o fim do mundo

Oh! plantas
e tudo o que é verde,
Se estais no jardim,
podarte-ei até a ultima ramagem
até que sobrem, apenas, lembranças.
Àrvores frondosas,
ousais lançar folhas sobre as calçadas
de casas, prédios e lojas,
 e e abrigar nos seus galhos
 a passarada em alvoroço,
De vossa casca, caule e folhas
 não restará nada.
O cimento irá permeabilizar
pulmões, mentes e corações.
Eis a praga dos engenheiros, empresários,
e exploradores da natureza, de plantão.
Contemporâneos, fingiremos sapiencia,
cuidando para que não se revelem,
sob as máscaras, as débeis faces:
tristes e ignorantes, deploráveis.
A máquina não cessa
a destruição é cortante.
O progresso urge,
é hora de derrubar o que resta da mata
e de sair impune, pois, a legislação
vale apenas no papel.
Documentos sem valor que
ironicamente, um dia, já foram árvores,
quem sabe foram
 freixos vigorosos,
galhos da sagrada
Yggdrasil.

renatabomfim

Um comentário:

Shirley Brunelli disse...

Lindo seu blog, inspira magia e sonhos
bjs
Shirley