09/03/2011

O ancestral que sabia amar

 Irmão animal,
ensina-me aquilo que,
com o tempo, esqueci.
Tu que és vida in natura,
 não conheces a corrupção.
 Faz-me desejar a saída
enxergar o que realmente importa.
 Desviei-me do caminho,
sinto-me perdido!
 ensina-me a ser o que sou
e não essa coisa que
o desejo do outro moldou:
simulacro montado pelo dinheiro
fantoche: cor e movimento,
coisa sem compromisso,
que não conhece a benevolência,
o amor
Ameaço ruir todas as vezes 
 que o vento sopra
Estou sorrindo, acredite
um soriso melancólico.
não sei se (re)encontrarei
o umbigo do mundo.
 Ensina-me,
irmão mais evoluído,
animal santo,
puro e selvagemente doce.
Conheces a liberdade sem metáforas.
Como faço para retornar à unidade?
Rogo entendimento ao Cristo Cósmico
em  língua que desconheço.
Ele responde e,
 num ato de amor,
 solicita ao seu mensageiro,
um Ipê, que me conforte
com a sua sombra e me alegre
com seu perfume e
suas flores cor de rosa.

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