Bem, amigos, tenho refletido bastante sobre a "santidade" das nossas tradições: A santa ceia que farta a mesa de uns faltando na de outros tantos, e que dizima milhões de animais de forma cruel, alimentando um mercado voraz e perverso, que é apenas reflexo da sociedade de consumo. Bem, falou Zigmunt Bauman, deixamos de ser uma sociedade de produtores para nos tornarmos de consumidores. Agora vem aí a semana santa, aqui em Vitória podemos ver, em cada canto da cidade, os milhares de palmitos, ou seja, coqueiros (muitos destes, possivelmente, nativos), que foram derrubados. E uma hora infeliz de "limpa" das matas alheias, muitas delas remanescentes da mata atlântica. Se há fiscalização? possivelmente, mas sabemos que é insuficiente. Olhem, por exemplo, o caso desse ignorante que matou um coqueiro para pegar o palmito, no final das contas a árvore teve que ser derrubada. Aposto que não foi ele que plantou o coqueiro. Bem, mais que refletir sobre a tradição é preciso agir, quebrar paradigmas, romper, esta é a palavra de ordem. Não se trata de "destruir a tradição", mas de desconstruí-la, tornando-a justa e sustentável.
Então que tal não comendo bacalhau e nem palmito nessa semana? Uma tentativa de freiar essa cadeia de destruição, e deixar pra comer fora de época o palmito? vamos ver se conseguimos começar uma revolução pelo nosso prato.
Então que tal não comendo bacalhau e nem palmito nessa semana? Uma tentativa de freiar essa cadeia de destruição, e deixar pra comer fora de época o palmito? vamos ver se conseguimos começar uma revolução pelo nosso prato.
Reportagem jornal A gazeta
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