"máquina de guerra" é uma proposta filosófica formulada por Gilles Deleuze e Félix Guattari, que não diz respeito ao poder bélico e estatal, mas a uma potência inventiva e nômade, capaz de escapar e causar fissuras no poder dominante, inventando para si "linhas de fuga" e novas formas de ver e habitar o mundo.

01/09/2011

Nota triste: Falecimento da acadêmica capixaba Yvonne Amorim

Amigos, é com pesar que informamos o falecimento da acadêmica Yvonne Pedrinha de Carvalho Amorim, nossa confreira na Academia Feminina Espírito Santense de Letras/ AFESL, ocupante da cadeira de nº 6 da . Yvonne Amorim faleceu no dia 31/08/ 2011 no Rio de Janeiro. A escritora nasceu no município de Santa Leopoldina, no Estado do Espírito Santo em 04/06/1918 e foi a primeira mulher, no Brasil, a exercer o cargo de Delegado Regional de Serviço Público e Federal (ES e BA) e primeira mulher com registro de jornalista profissional no Espírito Santo.
Yvone Amorim atuou nos jornais: A Gazeta, A Tribuna, Folha do Povo e na revista Vida Capixaba, membro da Academia Feminina Espírito-santense de Letras, onde ocupou a cadeira n. 06, cuja patrona é Haydée Nicolussi. Ela foi membro da Associação de Jornalistas e Escritores do Brasil, seção ES, e do Instituto Histórico e Geográfico do ES com vários trabalhos publicados na revista da entidade. Fonte: site da AFESL

Deixamos aqui o nosso carinho aos familiares e pedimos a DEus que os conforte nessa hora, e  a nossa homenagem a Yvone Amorim que deixou seu nome nas letras capixabas de uma forma linda, com dignidade e amor!

POEMA PARA A NOITE


No degrau da solidão,
contemplei a ternura da noite!
Ventos desertos tocaram meu rosto
deixando a angústia de coisas mortas e irremovíveis...

E, no meu silêncio de azuis distantes,
sentio desencanto de saudades antigas
que, em punhados, arremessei aos ventos!
Contemplei a noite e falei-lhe docemente
de rosas banhadas de orvalho, de risos de crianças,
de aves nos ninhos e de flores pendidas nas estradas.
Falei-lhe de tanta coisa bela que em tudo
lembrava a mais pura essência do amor.
Depois, num desafio muito mais humano que vulgar,
falei-lhe de meus sonhos,
de minhas tristezas e de minha tão grande solidão!
E então, senti o abraço da noite,
como se nesse abraço pudesse abraçar
a humanidade inteira,
num estremecimento de vida e amor!

Deixei-me ficar no degrau da solidão.
E contemplei mais uma vez a ternura da noite.

O mundo sorria para mim.

(poema de Yvonne Pedrinha de Carvalho Amorim)

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