Herberto Helder |
Olá amigos, a partir da poesia Poemacto de Herberto Helder, teci algumas reflexões sobre a pós-modernidade. Acredito que, via poesia, Helder percorre um caminhos que levam a um re-encantamento do mundo "desencantado da pós-modernidade". Espero que curtam o texto.
Herberto Helder: poesia, encantamento e pós-modernidade
Vivemos uma época marcada pelo desencanto. Esta sensação de queda do paraíso, de perda da unidade mítica, é uma marca no homem contemporâneo e uma das principais características da pós-modernidade.Terry Eagleton define o pós-modernismo como “uma linha de pensamento que questiona as noções clássicas de verdade, razão, identidade e objetividade, a noção de progresso ou emancipação universal, os sistemas únicos, as grandes narrativas ou os fundamentos definitivos de explicação” (EAGLETON, 1998, p. 07). A pós-modernidade, tempo “diverso”, “instável”, marcado pela presença de “um conjunto de culturas ou interpretações desunificadas”, tem gerado ceticismo em relação à coerência das identidades. Desencantados e fragmentados, somos sujeitos diversos do sujeito iluminista, cuja identidade tinha o eu como centro. Experienciamos um tipo de “esquizofrenia”, tal argumento é ratificado por Stuart Hall que anuncia, “as velhas identidades” que durante muito tempo estabilizaram o indivíduo socialmente estão “ruindo”, estão sendo “fragmentadas”, “deslocadas”, originando um sujeito de identidades múltiplas, enfim, para este autor vivemos, deliberadamente, uma “crise de identidade” (HALL, 1998, p. 14).
O pós-modernismo brota da sociedade industrial moderna, que trouxe avanços em variados campos do saber, mas trouxe também mazelas humanas como guerras, genocídios, e o emparedamento das alteridades. Entenda- se como alteridades o conjunto de diferenças seja de gênero, de etnia, de classe, geopolítica, etc. , cujas identidades são negadas, são os “não seres” da sociedade, os que não se rendem ao instituído, cuja história é marcada pela força de resistência. Uma alteridade pressupõe uma singularidade, valor que se eleva acima do da diferença, e detém a potência de despertar encantamento por ser o Outro, e o encantamento é fator indispensável para a vida. Esta sociedade industrial moderna, machista e patriarcal, impôs o seu domínio colonizando as alteridades, para tal, lançou mão de um poderoso arsenal bélico, os artefatos do cristianismo. Culpa, pecado, castigo, penitência, etc., esta forma de colonização, teve como referência o corpo em suas variações podendo compreender o corpo humano, geográfico, étnico,entre outros, a partir da criação de mecanismos de controle e confinamento. Este quadro foi decisivo para a geração de ceticismo na sociedade e as alteridades, impossibilitadas de expressão, de diálogo e troca, passaram a se reunir e formar guetos, é a época das bandeiras. O sociólogo polonês Zigmunt Bauman, em Vida líquida, traça um perfil da sociedade contemporânea que, em consonância com o pensamento de Hall e Eagleton, é composta por indivíduos atormentados pelo problema da identidade. Para este pensador a “vida líquido- moderna”, ou seja, a vida “precária” e “vivida em condições de incerteza constante”, alimenta a insatisfação do eu consigo mesmo, favorecendo a negligência para com a vida comum, para com a instância pública, impedindo o diálogo e a troca entre as alteridades. A cultura que norteia a sociedade “liquido- moderna” não se percebe mais como uma “cultura do aprendizado e do acúmulo”, [...] mas, inversamente, “uma cultura do desencorajamento, da descontinuidade, e do esquecimento” (BAUMAN, 2007, p. 84). O esquecimento, ou a falta de memória social é um dos fatores que geram desencanto, pois ele anula a origem comum dos indivíduos, apagando sua referência, tornando-os terra fértil para a monocultura da ideologia dominante. Designado pela negativa, o ser da alteridade, este outro acometido de “amnésia histórico-social”, ou seja, o “não ser”, passa a ser considerado e a se considerar um “coitado”. O poder instituído torna-se seu tutor e define qual será o seu status, a sua casta. Desmemoriada e desencantada, esta sociedade de consumidores, ironicamente vai sendo consumida, o medo e a insegurança tornam-se companheiros onipresentes. Passam a serem erigidas verdadeiras “fortalezas defensivas”, “comunidades fechadas”, ensimesmadas, sociedade de “condomínios fechados” e de alteridades gueteadas (BAUMAN, 2007, p. 97). O encontro pessoal pode ser vivenciado como crise, e toda crise traz em si o germe da mudança. Roberto Mangabeira Unger, nos diz que “em qualquer tempo considerado, somos em grande parte, a soma de nossas práticas fundamentais. Mas somos também a permanente possibilidade de revisá-las” (UNGER, 1988, P. 46). Este pensador propõe uma revisão nos valores sociais vigentes, e a busca da instauração de uma dimensão a que denominou comum. Ele aponta para as paixões como um possível farol a indicar uma direção, uma saída para a crise, pois esta compreende a possibilidade de vínculos entre os indivíduos. Unger destaca que “uma paixão individual pode incorporar a polaridade unificadora das paixões”, e indica a “lascívia” e o “desespero” como emoções proto- sociais subversivas, capazes de nos iluminar e de irromperem na sociedade forças que ameaçam a estabilidade e a autoridade. Segundo ele, tais emoções “podem revelar verdades a respeito de nós mesmos”, ampliando nossa visão de mundo (UNGER, 1998, p. 168- 169). A priori, Unger define que apenas a vulnerabilidade pode nos salvar, ou seja, apenas estando predispostos à troca simbólica e abertos ao diálogo, mudanças poderão acontecer. Esta abertura, a vulnerabilidade, só ocorre sob a égide do amor.
Desgastada na pós-modernidade, a palavra amor é re- significada por Unger que lhe confere o devido valor. A abertura para a “diversidade radical” preconizada, que apenas o amor é capaz de realizar, abertura inclusive para a “diversidade de fortunas morais e poderes criativos”, graças sua visão redentora, torna-se o “impulso para a aceitação da outra pessoa”. A existência do Outro só é possível “quando experimentamos a existência da deste como uma afirmação de nós mesmos”. A aceitação da alteridade em nossa individualidade ajuda-nos a descobrir e a fortalecer o nosso ser distinto. Pela afirmação do Outro, entramos mais plenamente na posse do nosso eu. (1998, p.207- 209). Para Unger todo ato de amor implica um ato de fé. “O amante deve [...] expor-se à emoção perigosa e ao gesto ridículo [...] quanto maior o amor, mais ele implica um desvio de todo o seu ser” (UNGER, 1988, p. 222). Um aprofundamento no amor leva á esperança, segundo este autor, mais uma solução para o dilema do desencanto:“uma pessoa esperançosa é colorida pela percepção de um futuro em que as condições capacitadoras de auto– afirmação serão mais plenamente reconciliadas” (UNGER, 1988, p. 231). Waldemar Magaldi Filho, a partir de uma leitura jungueana, nos diz que o amor “possibilita o surgimento da dimensão criativa, da plenitude, da beleza e do maravilhamento pela vida”. Entregar-se ao amor é entregar-se ao numinoso e a si mesmo, pois o amor une as dualidades geradoras de angústia presentes na antinomia” (MAGALDI FILHO, 2006, p. 74. grifo meu).
Para Magaldi Filho, Eros, a alma, quer vida, quer relação, pois só pode ser no outro, mas para que isso aconteça, o ego não pode temer a morte que toda a relação de amor impõe e conclui dizendo que “onde o poder ocupa a vaga do amor, onde predomina o poder, Eros sucumbe. [...]. O poder [...] é a tentativa angustiada e iludida do ego de negar os aspectos misteriosos e imponderáveis da nossa vida. O patriarcado é encastelado no poder e este fato inviabiliza o diálogo com as alteridades” (MAGALDI FILHO, 2004, p.167-184). O medo que o patriarcado hierarquisante e racional tem de abrir mão do poder [segundo Unger, de ser vulnerável], para se entregar a Erro, é uma possível justificativa para as perseguições que nossa cultura androcentrica infligiu às alteridades. E o resgate destas injustiças pode principiar pelo resgate do princípio feminino, este, deve ser incluído na dinâmica social para que se escreva uma história diversa da que conhecemos de violação e opressão. A arte emerge neste cenário caótico ocupando o patamar de alteridade, ela é desejante e com potencia de gerar encantamento. Em El arco y la lira, Octávio paz, descreve a poesia como um caminho de “conocimiento” e “salvación”, esta é examinada de perto como elemento íntegro, dual, tendo como destaque o seu caráter revolucionário, ele nos diz: [a poesia é] operación capaz de cambiar al mundo, la actividad poética es revolucionaria por naturaleza; [...] La poesia revela este mundo; crea outro. [...] regreso a la tierra natal. Inspiración, respiración [...] diálogo com la ausência [...]. Exorcismo, conjuro, magia. Sublimación, compensación, condenación del inconciente. Expressión histórica de razas, naciones, clases. Niega a la historia [...]em su sieno se resuelven todos los conflictos objetivos y el hombre qdquiere al fin conciencia de ser algo mas que tránsito.[...] Locura, éxtasis, logos. Regresso a la infância, coito, nostalgia del paraíso, del infierno, del limbo. [...] enseñanza, [...] diálogo, monólogo. Pura e impura, sagrada y maldita, popular y minoritária, colectiva y personal (PAZ, 1986, p. 13). E assim, se nos apresenta a poesia de Herberto Helder, encantatória, viva, fascinante e subversiva. Este escritor, nato em 1930, na Ilha da Madeira, é considerado uma das mais importantes vozes da poesia portuguesa contemporânea, sua obra é extensa e complexa, e data desde a década de 50. Analisaremos trechos de Poemacto, de 1961, cuidando em especial, de destacar a potência que a escrita herbertiana possui de estabelecer interseção e relações entre as mais variadas formas, fator defendido nesta análise como gerador de encantamento. O poema inicia-se assim: “Deito-me, levanto-me, penso que é enorme cantar” (HELDER, 2000, p.35), este verso é emblemático e surge como um farol prenunciando o que virá, o poeta apresenta-se como um arauto, um Orfeu da pós-modernidade. Deus grego da música, Orfeu é quem com sua lira tem o poder de encantar os seres viventes e até mesmo a própria morte. Para o eu lírico herbertiano não há crise, o poeta canta ciente de que as antinomias fazem parte da totalidade, e que os opostos são complementares, que a vida pressupõe a morte num ciclo ininterrupto, num jogo de androginia onde não há sistemas de vassalagem e nem de senhorio:
Agora eu sei que as estrelas são habitadas.
Vossa existência dura e quente
é a massa de uma estrela.
[...]
Estou inquieto e cego. Canto.
A morte canta-me ao fundo.
É um canto absoluto.
[...]
Por vezes tudo se ilumina.
Por vezes sangra e canta.
O encontro pessoal apregoado por Unger encontra expressão máxima na união do homem com as coisas e os seres. Os reinos hominal, vegetal, animal e mineral, mesclam-se e estão sempre em constante metamorfose, numa visão panteísta do mundo. Este jogo mandálico e sem centro de analogias, configura a própria linguagem e possibilita o encontro com o outro, este encontro, pressupõe o encontro com Deus:
“A preocupação metafísica considera a natureza como um teatro onde um drama do espírito universal está sendo representado; para o místico, o mesmo espírito de que o homem participa é subjacente à natureza e transforma as suas variações em parábola,. [...] por meio dessa vitória torna-se possível uma contemplação mais serena do nosso lugar na natureza” (UNGER, 1988, p. 217). Octávio Paz, descreve “lãs semejanzas entre el amor y la experiencia de lo sagrado”, para este autor o amor e o sagrado são “actos que brotan de la misma fuente”, “manjar sagrado” que nos alimenta e transforma. O amor na poética herbertiana se realiza na alteridade, ela resgata a memória comum. João Déscio nos diz que “a presença dos aspectos inerentes ao jogo [comparecem] no plano do arrebatamento, do entusiasmo, do sagrado ou do festivo” na poesia de Herberto Helder (HELDER, 2000, p. 18. grifo meu), tal como o encontro numinoso descrito por Magaldi Filho: “queimai as vossas noites em honra/ Do meu amor./ O amor é forte (HELDER, 2000, p. 36). A loucura, que “tem espinhos como uma garganta”, é um estado psíquico cujo status é definido socialmente, a modernidade confinou seus loucos em instituições, na sua grande maioria construídas bem afastado das cidades, Já na pós-modernidade, esta alteridade específica ainda sofre variados tipos de apropriação por parte do poder, como por exemplo, tendo suas bandeiras colonizadas. Mas nem sempre foi assim, na antiguidade os poetas, assim como os loucos, eram considerados semelhantes, devido à inspiração, dizia-se:“a loucura é a visita dos deuses” . Herberto Helder fala-nos sobre a loucura que perpassa todo o poema como um personagem:
Que coisa mais forte é a loucura.
Porque a loucura canta minada de portas.
Nós saímos pelas portas, nós
Entramos para o interior da loucura.
[...]
Prefiro enlouquecer nos corredores arqueados
agora nas palavras.
(HELDER, 2000, p. 36-40).
Não apenas a loucura, mas a presença da mulher, da casa, da rosa, da morte, da mãe, representantes do principio feminino, se “batem contra o grande dia masculino do pensamento”:
As casas são fabulosas quando digo;
Casas. São fabulosas
As mulheres, se comovido digo:
As mulheres.
[...]
Ah, mãe louca a volta, sentadamente
completa.
(HELDER, 2000, p. 40).
Octávio Paz salienta que “los primeros em advertir el origen comum de amor, religigión y poesía fueron los poetas”, esta ciência nos possibilita “um recobrar nuestra naturaleza o condición original” (PAZ, 1986, p. 135, grifo meu). Desta feita, o poeta apresenta-se como um visionário, um homem de fé, como descreveu Unger, alguém capaz do ato de amor. Este caráter metafísico da poética herbertiana, eleva- se acima da ciência ortodoxa abrindo-se para a sabedoria ancestral da terra, para o refinamento do sentimento, como “uma matéria sensacional no segredo das fruteiras,/ e as maçãs centrípetas/ e as uvas pendidas sobre a maturidade” (HELDER, 2000, p. 40). O poeta visionário sabe que não canta sozinho, porque “tudo canta e cantar é enorme”. É a celebração do olhar que acolhe a totalidade do mundo, um canto com tom de teogonia , onde Eros, força primordial, tem liberdade de atuar para compor novos mundos, reconstruindo o ser ritualisticamente, desde as vozes imemoriais do tempo mítico:
Imagino meu corpo, uma colina.
Meu corpo escada de estrela
Nata. Flexa. Objecto cortante.
Corpo com sua morte que canta.
[...]
[...]
Porque cantar é um subterrâneo.
Depois é um pátio.
O canto é o meu corpo purificado.
[...]
A morte- diz o canto- é o amor enorme.
(HELDER, 2000, p. 37).
Em Poemacto podemos acompanhar as formas se metamorfoseando, nada é rígido, estático, e a tradição fantástica, a fantasia, é resgata por meio dos elementos, João Décio chama esta faceta da poesia de Helder de “elemental”, pois nela perpassam aspectos comuns da natureza animal, vegetal, mineral, para este autor, esta característica compreende uma “verdadeira redescoberta do mundo”(DÉCIO, 2002, p.14). Podemos perceber este sentimento “heróico” por parte do poeta nos versos:
Eu agora mergulho e ascendo como um corpo.
Trago para cima esta imagem de água interna,
- caneta do poema dissolvida no sentido
primal do poema.
Ou o poema subindo pela caneta,
Atravessando seu próprio impulso,
Poema regressando.
Tudo se levanta como um cravo,
Uma faca levantada.
Tudo morre o seu nome noutro nome.
(HELDER, 2000, p. 41).
Acerca da poesia, esta feminina vênus sedutrix, Paz argumenta: “la poesia no es juicio ni uma interpretación de la existência humana. El surtidor del ritmo-imagen expresa simplemente lo que somos; es uma revelación de nuestra condición original, cualquiera que sea el sentido inmediato y concreto de lãs palabras del poema (PAZ, 1986, p. 148). Em face a tais exposições, concluímos que a formação de guetos e ilhas surgiram como resposta ao emparedamento das alteridades, privando os indivíduos da sensação de pertencimento, contrinuindo para que estes perdessem a memória de sua origem comum, como afirma Helder “porque o amor das coisas no seu/ tempo futuro/ é terrivelmente profundo, é suave/ devastador” (HELDER, 2000, p. 39). Como pensar no futuro sem as lembranças do passado histórico? Se no presente há um profundo sentimento de desencanto e de indiferença, o que vislumbrar? É preciso relembrar as origens, fazer um “espólio” e recuperar as referências, pois somente este passado comum é capaz de trazer de volta a alegria. Ao puxarmos os fios do passado veremos que estamos no mesmo patamar, os homens e o planeta na sua diversidade e multiplicidade. Quantas catástrofes do espírito e ambientais poderiam ser evitadas se o homem despertasse para esta outra realidade? Como nos diz Paz, a poesia “es conciencia de la separación y tentativa por reunir lo que fue separado” (PAZ, 1986, p. 284). Eis o que a poesia de Herberto Helder nos apresenta, uma fórmula para esta utopia, ela nos incita à paixão, nos aponta a natureza dual do universo e do amor, o poeta reencantando- nos com o seu canto, despertando desde nossas sensações mais evanescentes ás emoções mais elaboradas, abrindo espaço para o sentido íntimo da esperança.
Referências:
1. DÉCIO, João. Poesia e arte poética em Herberto Helder e outros estudos. Blumenau: Edifurb, 2002.
2. EAGLETON, Terry. As ilusões do pós-modernismo. Tradução de Elisabeth Barbosa. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998.
3. HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 2.ed. Rio de Janeiro: DP&A, 1998.
4. HELDER, Herberto. O corpo o luxo a obra. Seleção e apresentação de Jorge Henrique Bastos e posfácil de Maria Lúcia Dal Farra. São Paulo: Iluminuras, 2000.
5. MAGALDI FILHO, Waldemar. Dinheiro, saúde e sagrado: Interfaces culturais , econômicas e religiosas à luz da psicologia analítica. São Paulo: Edicta, 2006.
6. PAZ, octávio. El arco y la lira: el poema, la revelación poética, poesia e historia. México: Fondo de Cultura Econômica, 1986.
7. UNGER, Roberto Mangabeira. Paixão: um ensaio sobre a personalidade. São Paulo: Boitempo, 1998.
ps: escrevi este artigo em 2007, publiqueio-na Revista portuguesa Callipole, mas não sei se já o postei no blog, acho que ainda não, ele estava perdido no hd externo.
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