05/01/2012

Maria Lúcia Dal Farra analisa a obra Arcano Dezenove, da poeta Renata Bomfim

O tratamento literário do Tarot, pelo menos a partir do século XIX, passa pelo seu próprio renovador: Eliphas Lévi. Contemporâneo de Baudelaire, o ex-Abade Constant é o autor de “Les correspondances”. Publicado em Les trois harmonies (1845), o poema entremostra similaridades de composição com o “Correspondances” de Baudelaire. O tipo de analogias praticadas em ambos é uma manifestação da tradição hermética e esotérica que, na altura, comparece, para os horizontes da literatura, como uma via alternativa de afronta e resistência aos discursos dominantes e às leis de consumo decorrentes do nascente capitalismo.

Composto mais ou menos na época que o de Constant, entre 1845 e 1846 (embora só publicado em 1857, no Les fleurs du mal), o poema de Baudelaire expõe, como o do Abade, a crença num simbolismo universal, em que tudo participa de tudo. Em ambos, a busca da unidade primordial é, portanto, notável¹ . Mas é em Dogme et Rituel de la Haute Magie (1855) que, pelas mãos de Lévi, o Tarot se atualiza inaugurando-se na chamada escola moderna. O (agora) Mago acrescenta, pois, à interpretação dos Arcanos (dos segredos e dos mistérios), a Cabala Hermética e certa contribuição da Alquimia: a simbologia dos quatro elementos.

No mesmo ano de publicação dessa obra, Gérard de Nerval, extraordinário e contumaz leitor do Ocultismo, e, por isso mesmo, decisivo escritor francês (divisor de águas entre o Romantismo e a Modernidade) se suicida. No ano anterior ele havia publicado o volume de sonetos Les chimères, que estampava “El desdichado”, poema nascido da leitura de uma carta do Tarot, a do Arcano 16, carta determinantemente premonitória do seu fim² . O Tarot mostrava, assim, a sua face divinatória à literatura. Mas o compêndio simbólico-oracular, em que o Tarot também fora se transformado ao longo do tempo, exporá, depois, o seu sortilégio, na promessa que Nerval firmara ainda naquela obra: malgrado a morte, ele retornaria.

Se a “torre derrubada” e a “destruição”, contidas no dito Arcano, esculpiram, para o escritor francês, o seu destino pessoal, André Breton tomará para si, quase cem anos mais tarde (entre 1944 e 1947), a missão de rediviver o estimado escritor e comparsa esotérico. Em Arcano 17, Breton elege tal carta como objeto da última de suas obras em prosa - justo o Arcano que promete o prodígio do renascimento. A tetralogia em prosa de Breton tivera início em 1928, com Nadja, seguida de Les vases communicants (em 1932), de L´amour fou (em 1937), culminando, dez anos depois, com o Arcane 17. Desde Nadja, entretanto, Nerval pulsa na obra de Breton, e agora, em 1947, ele toma definitivamente lugar nela.

Lançando como seu guia a “Estrela da Manhã”, Breton conserva a perspectiva hermética da tradição literária incrementada pelo compatriota, simbolicamente explicitada na tomada do Arcano seguinte ao manipulado por Nerval; Breton trata, pois, da carta redentora. É dessa maneira que o surrealista ritualiza o regresso de Nerval – o seu retorno prometido. A “Estrela” é indício de nascimento, de esperança no futuro, de conhecimento e gnose, de luz; luz que se exerce por meio de três vias: a poesia, a liberdade e o amor, apanágios dessa marcante obra de 1947³ .

Creio que é nessa linhagem que cabe inserir o presente livro de poemas de Renata Bonfim, Arcano Dezenove 4 , visto que, além do mais, ele é todo armado sobre o tripé das mesmas palavras de ordem de Breton: poesia, liberdade, amor. Se, da sua parte, se trata ou não de determinação consciente, sequer importa; o célebre “acaso objetivo” surrealista é para mim suficiente para justificar tais curto-circuitos da analogia, essa rede de ecos que, sob a descontinuidade, é capaz de descortinar uma outra ordem que, ocultamente, lhe dá sentido e seguimento. E esse me parece ser deveras o caso.

Se o livro de Renata tem por título o Arcano 19, a primeira ansiedade (na sequência da minha cogitação) seria a de tentar entender o salto do dezessete bretoniano para o dezenove bomfiniano. Por que Renata, para chegar ao dezenove, não passa pelo Arcano intermediário?

Pra já, se nos ocupamos do Tarot, temos de tomar como ponto de partida a Lâmina do baralho, de suma importância para a decodificação simbólica - primeira riqueza especulativa para o ingresso no jogo que é, como se sabe, nem um pouco linear. Cada carta só adquire real valor na disposição em que se encontra no contexto de outras tantas: como as palavras, como a língua (também objeto do livro de Renata), seu significado é absolutamente relativo, ganhando força e convicção na medida em que entretém, com as outras cartas, laços de atração e repulsa que formulam a sua própria linguagem, o discurso da vez - o que enuncia a jogada atual, a tiragem do acaso.

Pois não é que o volume de Renata, que tem por título o arcano seguinte, ostenta, como sua apresentação e cobertura, o arcano anterior? Melhor dizendo: não é que o volume de Renata, que anuncia o Arcano 19, se expõe como uma decisão interpretativa do Arcano 18?

A capa de Arcano Dezenove estampa, como constato, a Lâmina que resulta da leitura que a consulente (diante de um cenário eventual de cartas ligadas por tais parentescos conflituosos e harmônicos) elaborou do Arcano anterior. É ao desvendamento pessoal do Arcano 18 que a capa do presente Arcano Dezenove faz alusão - ou melhor dizendo: é essa chave, essa decifração, que o invólucro do livro definitivamente espelha. O que faz com que, ali mesmo (e por antecipação, já que a posição da Lâmina nos é frontal), o 18 conviva com o 19 - como pressuposto para a leitura do volume que o receptor desvelará ao virar a primeira página: como condição mesma para a travessia dele.

É como se, para entrarmos no domínio do que a cobertura do livro anuncia ao cimo, ou seja, para conhecermos esse território do Arcano 19, tivéssemos necessariamente de entender as circunstâncias impostas, pela sua autora, à carta anterior. De maneira que a capa se exibe enquanto pórtico, enquanto senha - como um código para o compartilhamento daquilo que o livro de poemas enfeixa.

Tento ler, portanto, o recorte que essa ilustração de entrada faz sobre a Lâmina 18. A “Lua”, indecisa entre a face máscula e a fêmea, põe a tônica sobre a mulher, sem desvencilhá-la do seu lado noturno, presente nas suas vestes mas quebrado pelo aspecto positivo indicado no arminho que desliza da consulente (e da Figura) para o chão, para a terra - para o ouro alquímico 5 . Os dois cães, ou o cão e o lobo da lâmina original estão confluídos e catalisados no cachorro de duas cores que essa mulher dubiamente domina e acaricia, posse sua e agente ou guia seus. Na capa, a única torre erguida no cenário é a da vegetação, coluna de rosas, uma vertical corbeille vermelha (versão das várias plantas que compõem a carta referencial), que faz pendant com a cortina de veludo, de igual tonalidade e quentura erótica, e que salpica (ampliando os matizes) o cabelo da Figura. O escorpião não está à mostra, mas sabê-lo imerso no vaso hermético (no Vaso de Hermes) da poetisa: é o seu signo astrológico.

A Lâmina que a capa compõe é toda luz e sombra, magia branca e negra, incerteza melíflua: basta reparar no sorriso ambíguo da Figura (ou da consulente – a luz da “Lua” é reflexiva, e, portanto, as duas mulheres refletem a mesma: a poetisa) que, dessa forma, disfarça a luta que se trava entre as forças tenebrosas, entre a porta do Inferno e a do Céu (conforme o solstício seja do inverno ou do verão), entre a Lua e o Sol – “Sol” que anuncia o Arcano que nomeia o livro.

A Lâmina explicita, portanto, essa caçadora celeste, essa divindade lunar (Artemisa, Diana, Hécate) – imagem que se aglutinará durante a leitura do livro, graças mesmo a esse simbolismo de trânsito, de passagem, de viagem heróica que o Arcano 18 encerra. Do plano iniciático da via úmida lunar nascerá a Feiticeira, a Maga e a Poetisa que, viajando em corpo etéreo (o “corpo cósmico” tão referido no volume) da Noite para o Dia, da Luz Noturna para a Luz Solar que o Arcano 19 encerra, buscará despertar, com suas palavras, aquilo que dorme. Aliando-se ao Sol, ao Fogo Criador e à Pedra Filosofal próprias do Arcano 19, a Poetisa procurará representar o Centro da Consciência capaz de abranger e dar voz ao Universo.

É sob o sortilégio dessa Lâmina que passo a ler os poemas de Renata Bomfim, que se dividem em sessenta e um organizados em torno de cinco seções: “Arcano Dezenove”, “Memória”, “Quintessência”, “Onde os tempos se encontram” e “Rituais”.

No primeiro, a predominância da metalinguagem é palpável: interessa especular sobre o papel do poeta, da letra, da poesia, da escrita e da sua missão, enfim, sobre os milagres da palavra. O mundo é visto como manifestação lingüística e permanente festa (“Dionísio”) e a poesia, “palavra/dando cria” (“Poesia I”), compreende milhares de existências simultâneas, aquilo que é comum e é diverso, lugar onde triunfa a palavra insurrecta, espaço oculto, messiânico, árvore que deve brotar por todo o canto.

Acerca da poesia, portanto, o processo de mutação do estranho e distante em componente familiar e doméstico (a poesia se encontra, afinal, em sua Casa) é obtido por um regime de deglutição, exposto com muita graça e ironia neste pequeno poema intitulado “Poesia II”:

O grego e o latim
encharcam a minha língua
com veneno,
produzindo a poesia
que desce redondilha
garganta abaixo. (p.30)

Veja-se que o nobre e o alto (o “grego” e o “latim”), pressentidos enquanto “veneno” para a “língua” (esse órgão de degustação), uma vez assimilados pela “garganta” que os vai emitir a fim de transformá-los em “poesia” - resultam em “redondilha”, ou seja, na justa medida do... feminino. Assim, é de se convir, que a poética daí criada (e derivada das línguas primordiais do português) é popular, buscando apresentar uma outra versão das formas ilustres (certamente pertenças do mundo masculino). Estas, uma vez ingeridas forçadamente (visto que descem redondas garganta abaixo – e esse é o trocadilho com o qual o poema brinca), acabam alterando por inteiro a forma com que foram impostas à garganta. A “redondilha” torna-se, portanto, uma conquista particular da Poetisa.

Todavia, homem ou mulher (Ruben Dario e Florbela são o casal guardião dessa poesia), o poeta está sempre à mercê de tudo. É muitos e ninguém, é tudo e nada, é um paradoxo; alimenta-se de si e dos outros, é um ser que se perpetua através dos tempos, que se encarna em alheios, em busca do mistério da outridade. Assim, a letra é concebida como a Eva primordial, cuja pena é, na verdade, a palavra escrita, em seu trabalho de nomeação e perpetuação do mundo. Eis como o “Poeta Adâmico” cogita tal origem:

No paraíso da linguagem,
O poeta, com desvelo,
Inclina-se para amar a letra.
Nesse momento, ele é Adão,
Ansiando companhia, à espera
De que a fêmea se submeta.
Cometidos os pecados,
Do outro lado, a pena:
“Ganharás o pão com trabalho,
Com o suor de tuas mãos,
E também, com teus pulmões,
Rins, fígado e coração”.
O homem se pega em desatino,
A sua vida será labor e sacrifício,
Mas estava escrito:
Havia de ser assim
Para que pudesse seguir nomeando
As coisas e povoando a terra
Com Abéis e Cains. (p.20)

Na segunda parte de Arcano Dezenove, é a condição feminina e a biografia literária que assumem o primeiro plano. A tonalidade mística, que já se manifestara em “Nossa Senhora dos Raios Multicoloridos”, da primeira seção, reaparece aqui em “Saturnais: mito de origem”, e depois retornará abertamente em “Gente da Era da Luz”, poemas em que o Sol é reverenciado, como cabe ao Arcano que nomeia o livro e que, aliás, já havia transmutado a Poetisa no seu “cálice”, tornando-a depositária de todas as coisas diante de “um sol de sétima grandeza” (“Arcano Dezenove”). Tais poemas tendem a explicitar, assim, o ponto-de-vista do qual emana a crítica (a dita Consciência concernente ao referido Arcano) aos destemperos da atualidade, à destruição do planeta, que peças como “Guernica Hoje”, “Tara moderna”, “Humanóide”, “Eu Canto a Pátria-Planeta”, “Terra Santa”, etc, exercem.

É deste naipe a bandeira ecológica da Poetisa, batalha socioambiental que ganha fortes raízes do misticismo oriental, que transparecerão, em seguida, em poemas como “Cristo Cósmico”, “Terra Santa”, “Prece”, “Terra”, “Semear”, etc. Veremos, em seguida, de que maneira esta temática se entrelaça com o feminino para adensar a imagem de mulher, a que a Lâmina faz referência.

A condição feminina, que se ampara em Florbela Espanca (em poemas diretamente afeitos à portuguesa ou que implicitamente passam por sua obra), é identificada como “Cicatriz” – nome da peça que inaugura essa “Memória“. Mas esse gênero também fica apontado na imagem daquela que se faz acompanhar do gato, animal que é perfeição, que é a letra chet (“Gato”), letra cujo desenho encerra a Casa cerrada (aberta somente por baixo), felino cuja falta, no momento da partida, torna os “poemas encharcados” (“Despedida”) e faz da Poetisa apenas a sua “humana de estimação” (“Gato Rei”).

Feiticeira, essa mulher é também telúrica, é vegetal (“Orgânica”), é natureza: pedra, água, planta, paz, solidariedade, novo tempo – lugar onde o saber, ao contrário do Éden, jamais será proibido (“Não Materialidade”). Por tudo isso, a poesia de Renata se apresenta como uma das maneiras de resgatar aquelas mulheres que foram silenciadas pelo tempo (é o que nos assegura o poema “Brutal Singeleza”, de “Quintessência”), procedendo, assim, a uma espécie de justiça poética. De maneira que também as prostitutas têm aqui voz (“Há Vagas”). Em “Humanidade Nata” (de “Onde os tempos se encontram”, a quarta parte do livro), o buraco aberto no tempo e no espaço, pela flauta que soa, permite que a Poetisa viaje nas asas do vento, numa espécie de transmigração, e se torne muitos, “Ulisses nos braços de Circe”,

Eva cantando triste
(desejosa) pela fruta de que tanto gosta.
Ah! Se eu pudesse beber do Letes
e ser inaugural como a alvorada,
ser Divina,
e não essa fêmea bruta,
mulher em construção,
alterada
e mesquinha
trazendo a humanidade nata. (p.77)

O desejo de conter em si essa “humanidade”, ato simbólico do Arcano 19, lhe dá a sensação e a certeza de que “somos flechas,/mirando o infinito.” (p.78). Mas, para tal, será preciso “libertar a borboleta aprisionada”, buscar a luz que ainda não se conheceu – muito embora tais anseios não sejam senão sonhos (“Efeito Borboleta”).

De resto, a mulher é ao mesmo tempo aquela que, morta, retorna ao lugar de onde veio (“Post Mortem I”), que prefere o inferno à sujeição, e que não abdica da irreverência: a Poetisa importa-se apenas com o risco de não arriscar (“Poema Inacabado”). Fala-se então daquela cujos pés e mãos constroem o seu próprio buraco (“Versos de Orgulho e Solidão”), irreverência e marotice ainda ilustradas pela imagem da não-convencional, daquela que confessa abertamente o quanto aprecia fazer “uma cena” (Post mortem II)...

A sublinhada erótica, já entrevista na Figura da Lâmina da capa deste livro de poemas, está em tudo e mais acintosamente em “A Fúria de Eros” e em “Antes do Éden”, respectivamente de “Quintessência” e de “Onde os tempos se encontram”, terceira e quarta partes da obra. Em “Carnaval” (de “Quintessência”), o corpo fica autorizado e a mulher se entrega à orgia, sendo quem não é; e a carne é santa e “vibra e goza até o pranto”. O Carnaval se revela, então, uma forma coletiva de existir. Por fim, é na derradeira secção, em “Rituais”, que a Maga, a Feiticeira e a Poetisa se mostram contraditoriamente una e plural. É ali também que a defensora do planeta, a erótica e a mística se consubstanciam num “Transluzir” – numa “aquarela”:

O que fui, sou e serei
Aquarela! (p. 61)

É nos rituais que as mensagens poéticas se tornam mais palpáveis – e mais úteis! – e é neles que, por meio do preceito, são transferidas aos leitores. As infusões, os encantamentos, os patuás, os filtros para o amor e para a liberdade universal, salvaguardando sempre o respeito à natureza (sequer a erva daninha pode ser arrancada; a poesia é vegetal), misturam curiosidades, em torno de plantas, com receitas certeiras para curar dores, acordar espíritos, lançar bênçãos e... “olhares de secar pimenteira” (“Desejos de Feiticeira”). Eis onde a vegetação do Arcano 18 encontra a sua síntese e desemboca na peleja ecológica. “É preciso coragem para abraçar/o inesperado”, para pluralizar - é o que nos ensina, por exemplo, a “Cerimônia do Chá”. Dúbia, hesitante entre a treva e a luz, entre o Arcano 18 e o 19, entre a “afasia” e o “estro”, entre espalhar imprecações ou bênçãos, a Poetisa descobre – e nos ensina! - que há “uma fissura” por onde o tempo espia. Afinal, a “alma”, essa dádiva de Luz do Arcano 19, só na arte se encontra (“Entre a Luz e a Escuridão”)!

Notas:

1 A propósito, remeto o leitor a dois textos meus que apreciam essa questão: “Anotações de uma bibliógrafa: Baudelaire e o esoterismo” (Remate de Males. Campinas: Unicamp/IEL, 1984), e “Surrealismo e esoterismo: a alquimia da poesia”. (O Surrealismo (org. Jacob Guinsburg e Sheila Leirner). São Paulo: Perspectiva, 2008).
2 Não esquecer que Julia Kristeva consagra um capítulo a Nerval em sua obra Sol negro – depressão e melancolia (Rio de Janeiro: Rocco, 1989, trad. Carlota Gomes), título que, aliás, toma emprestado ao poema em questão.
3 Claudio Willer refere esta retomada esotérico-literária da parte de Breton, num texto publicado no número 59 de Agulha. Revista de Cultura, de setembro/outubro de 2007, intitulado “André Breton, Nadja e Gérard de Nerval: estranhas relações”. A propósito, leia-se também sua elucidativa e extraordinária obra Um obscuro encanto. Gnose, gnosticismo e poesia moderna (Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010)
4 BOMFIM, Renata - Arcano Dezenove .Vitória: Flor&Cultura Editora, 2011, 100 páginas.
5 Não esquecer que o modelo que compõe a referida Lâmina congrega, numa só, a consulente e a Figura do Arcano, ou seja: aquela que consulta e a que é consultada que, por fim, são a mesma, visto que é a imagem da poetisa a que a capa ostenta.

Maria Lúcia Dal Farra é poeta, critica literária, e professora de Literatura da UFSE.
Autora da obra o narrador ensimesmado.

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