
Venusta mulher de gênese das bandas do oriente,
Como é lindo este cenho, cintilando amor surreal;
Açula o desejo com este seu corpo assaz aliciente,
Aos olhares orgíacos dos vis serelepes do sensual.
Seu feitio de odalisca que faz o seu amo encantar,
Átimos de prazer que, em coreia, sente a emoção;
Ventre desnudo e molito quer no harém provocar,
O sultão raivoso em roxura ao seu pétreo coração.
Desfila em gabo com sua flórida vestidura oriental,
No serralho, a mais esbelta das mancípias a cintilar;
Suas vestes matizadas alfaiavam a dança noturnal,
Onde raios lunares, pelos desertos, faziam o clarear.
Das locandas em seda, ouviam-se as flautas a tocar,
Era a dança do ventre. Eram corpos em ondulação;
Sobre alcatifas suntuosas que se faziam maravilhar,
Pelas tendas de Alá na mais extremada veneração.
Agradeço ao poeta Rivadavia Leite esta carinhosa homenagem. Obrigada!
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