16/07/2012

Covil das palavras

Não se engane
Eu sou uma serpente
Vou morder o teu pé.
Não te salvarão antídotos 
Nem te protegerão as
Botas.

Eu sou aquela que
Derrepente aparece
Desenhando arabescos,
Embalando os teus dias
(De solidão)
Com o tilintar do guizo.

A volúpia, santa expressão
Do amor que sinto, rasteja...
Ela é uma parente próxima.
Ofegantes, nos amamos,
Mas, não se engane,
sou uma cobra.

Não espere o Paraíso
Veja beleza na queda, afinal,
A beleza bruta sempre traz em si
Algum desgosto.

Renata Bomfim

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