09/06/2014

A poesia está quieta

A poesia está quieta.
Despiu cores quentes.
O ar de "eternamente contente"
Se foi.

Vestiu invisível humildade.
Olhou para si mesma,
Ainda desnuda,
Não se reconheceu.
Crise? loucura?
Não!

Nesse tempo difícil
Urge consolar a letra dura,
Amansar o verbo irado,
Eliminar as mágoas dos espaços,
Criar energia de amor.

A poesia sabe no íntimo:
Os deuses estão vivos,
Seus espíritos dormentes
 São espelhos d'água.


Renata Bomfim
Vitória, 09-06-2013

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