Faz escuro, meu amor,
segura a minha mão,
não sinto o chão,
Parece que o vazio
espreita tudo o que somos.
Não vejo o amanhã como
me pareceu ontem,
onde estão as torres,
as fontes, os castelos de luz?
Você ri enquanto desfaz
as tranças seculares que adornam
a minha fronte.
A realidade, querido,
é feita da mesma maneira como
são feitos os sonhos.
Sonhei concretamente!
Mãos febris construíram
tapetes de esperança,
plantaram flores e alimentos,
acalentaram crianças que
não eram minhas:
seres pequenos, perfeitos,
fortes na sua fragilidade.
Amei os filhos do mundo
como se meus filhos fossem.
Por que faço verso?
Para salvar o mundo.
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