para aqueles que guardam o coração numa caixa de ouro forrada com veludo cor de vinho, trinca de madrepérola, pés de madeira, chave de poeira.
Eis o teu poema
de sangue, de carne, de fendas.
Apanha do chão as letras cuspidas,
passa-as nos olhos,
enxerga!
enxerga!
O dia raiou diferente,
um novo tempo para gente
se remendar,se misturar,
fugir das coisas ensimesmadas.
se remendar,se misturar,
fugir das coisas ensimesmadas.
Sente o sol, sente
a vibração dessa força:
nós somos o sol!
nós somos o sol!
Encarna a melodia simples,
sinta emoção com a nuvem que passa,
delira com o canto da passarada,
o asfalto queima, meu amor,
queima como a morte!
Atenta que, depois dessa canção ligeira,
da dança do sentir silencioso,
do beijo, do gozo,
quando nossos corpos
brincam e brindam,
a vida que se despede em alto estilo,
da dança do sentir silencioso,
do beijo, do gozo,
quando nossos corpos
brincam e brindam,
a vida que se despede em alto estilo,
acenando com mais uma estrela,
gritando SIM e nos sugando...
Você não está dentro,
Está na superfície!
Está solto, solto, sem teto!
Acorda, querido, estamos viajando,
vulneráveis, temerários...
vulneráveis, temerários...
Esse montinho de tijolos não é
o seu lar!
Eu sou o seu lar:
VOEMOS JUNTOS!
RB, nov de 2014
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