Dedico este poema a Elvis Júnior, gatinho mais amado, que foi arrancado de mim pela mais cruel e monológica das criaturas.Odeio ter que me conformar
com a morte,
Sinto-me vil, mesquinha...
Como acostumar
Com a ausência?
Devo aceitar essa infâmia
antinatural e tamanha?
Natural é a vida!
Como lidar com a dor?
Odeio odiar!
Eu, poeta de paletas coloridas,
das flores e cobras dóceis,
Eu, quase domesticada pelo destino...
Quero me rebelar...
Vou me rebelar!
Vou banir a morte da vida!
Vai, morte, para onde os vivos
Sejam apenas um fetiche.
Vai, busca entre as pedras um lugar,
Senta e repousa.
Apazígua a fome de carnes e
A sede de sangue e do amor alheio.
*RB, 08-01-2015
2 comentários:
Difícil dizer alguma coisa Rê. A morte sempre puxa o tapete... Força!
Seria bom podermos banir a morte. Sim, seria...
Também já vivi dessas perdas, e temo outras que possam vir.
bj amg
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