Amigos,
Nesse momento incluo o nome dessa mulher valorosa e guerreira no poema "Fantasmas da Esperança" que passará a ser lido assim:
O Colóquio das árvores teve início com o poema "Fantasmas da esperança", poema que é um grito de alerta para que não nos esqueçamos de nossos mártires e trabalhemos para que outros lutadores dos direitos humanos, dos animais e da natureza não tenham o mesmo destino.
Agora, foi assassinada Berta Cáceres, líder indígena e ambientalista hondurenha. Os covardes invadiram a casa da ambientalista, a mataram e feriram ao seu irmão. Berta lutava contra o avanço das hidrelétricas e exploradoras de minérios sobre os territórios indígenas. Que a justiça seja feita e que os assassinos pagem por esse crime.
Nesse momento incluo o nome dessa mulher valorosa e guerreira no poema "Fantasmas da Esperança" que passará a ser lido assim:
Deixemos
Deus sossegado
e
colhamos as vinhas da nossa ira.
Soem trombetas
Acordem
liras
Pois
não existe céu além deste que
conhecemos
e poluímos.
Homens,
até quando
a terra
será encharcada
com o
sangue dos teus irmãos?
Até
quando morrerão índios,
negros,
mulheres, crianças,
bastardos
e desempregados,
e uma
leva de outros seres subalternizados?
Por que
não conseguimos enxergar
que o
rosto desfigurado
do
homem e da mulher
sem
nome, sem casa e com fome
é o meu
e o seu rosto, é o nosso rosto?
Porque não
aceitamos que
esse
homem e essa mulher são, também,
a flor
que arrancamos,
o
animal que assassinamos
as
árvores que deixamos cair...
Até
quando o ferro e o fogo
calarão vozes
mais esclarecidas?
E no
lugar das árvores
sejam
plantadas as sombras
dessas
existências perdidas?
Morreu
Paulo Cesar Vinha,
Chico
Mendes, Maria do Espírito Santo,
Berta
Cáceres,
Dorothy,
irmã querida,
morreu
José Cláudio Ribeiro da Silva,
defendendo
as castanheiras
e a
nossa humanidade.
Tantos
outros também partiram
traídos
pelos seus.
Exército
de vencidos
que se
levantará um dia
ainda
mais forte, pois,
existem
coisas que não se pode matar:
a Fé, a
Esperança, a Revolta, a Justiça!
Esta é
a hora de nos inspirarmos
nos
fantasmas da esperança, para que
as
gerações futuras possam descansar, ter
ar,
água, lugar de existência.
Nós nos
perdemos no labirinto
da modernidade
ourobórica,
construída
com armas tecnológicas.
Não
temos, mas, ainda buscamos,
alguém
ou algo que nos salve
de nós
mesmos.
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