Para
Alex e Sil
É eterna
e inadiável a guerra,
Nunca se
encerra nem erra.
Os anos
passam e nós aqui ainda,
Tentando
encontrar o sentido da vida.
Pelejando
para que o sopro da luta árida
forneça
corpo e luz para o que se esvazia.
A dúvida
de todo o tempo que passamos juntos
fará
perguntas belicosas para a lua que a saúda.
Mas a lua
navega, pela Proa cega,
Sem o
piloto para mudar sua rota errante.
Mesmo
errando todas as respostas, segue avante:
O
exército astral, que a persegue, incansável,
Obriga-a
a tocar sua vida para adiante.
A lua é a
retífica
de sua
própria vida,
E, cheia de
si mesma, se motiva e brilha
em tom de
batalha e de piada.
Se a lua
também é a retífica
de nossa
alma sofrida,
Como
tocá-la sem olhá-la nem matá-la,
Tal como
fazemos com a paixão consumida?
A lua
brilha e sua paz nos retifica
para algo
além da humana lida,
Aconselhando-nos
a sobreviver e a manter o bom humor.
Respondem,
assim, seus raios descendentes, a nós:
Sem o bom
humor, não vale a pena viver.
Se não
vivermos, como ter algum humor.
Casamar,
7 de maio de 2017
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