Se eu morresse hoje,
Teria valido a esperança da eternidade.
Descansaria afinal.
Ah! Poemas de linhas frágeis
Entremeados por dissabores e esperanças,
Tão desalinhados e imperfeitos.
Se eu morresse hoje não haveria
Arrependimento do orgulho de ser
Esse ser que inventa a si mesma
Arrancando, da pedra, sons de lira.
Teria valido o momento impreciso e fugaz
Da explosão da beleza,
Quando a flor se abre para ser beijada pela abelha.
A floresta desperta entre vapores mágicos,
Do silencio secular de uma noite.
Teria, sim, valido cada minuto vivido
Entre os teus braços.
Se eu morresse hoje, seria a lembrança
De poucos que me amaram realmente.
Seria eternizada na memória de seiva das árvores,
Minhas filhas mais amadas.
O meu corpo descansaria, afinal,
Depois da jornada de muitas vidas.
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