Renata
Bomfim é autora de livros e artigos, nasceu na ilha de Vitória, capital do
Espírito Santo (Brasil), no dia 21 de novembro de 1972. Pertence à Academia
Feminina Espírito-santense de Letras e foi presidente na gestão de 2016-2018.
Graduou-se em Artes Plásticas, Mestra e Doutora em Letras, pela Universidade
Federal do Espírito Santo (UFES). Especializou-se em Psicologia Analítica
Junguiana; Arterapia na Saúde e na Educação e em Psicossomática. Desde 2007
integra o grupo de pesquisa do CNPq intitulado “Aproximações
Regionais: Alentejo Português e Nordeste Brasileiro” – Florbela:
romanceiros e romance sergipanos pela Universidade de Sergipe. Gestora
cultural e educadora socioambiental com foco na sustentabilidade. Suas obras
poéticas: Mina (Vitória,
Helvética […] Editora, 2010), Arcano
Dezenove (Vitória, Helvética […] Editora, 2015), Colóquio das Árvores (Chiado
Editora, 2016) Coração de Medusa (Editora
do Autor, 2021), iniciam e terminam, com prefácios e posfácios, verdadeiras
críticas literárias, nas quais o leitor não pode deixar de ler para mergulhar
no “coração” do “eu lírico” que assim explica em Coração
de Medusa (p.95): “O coração que pulsa,/ O corpo que vibra, a
despeito/ Da dor, da dor, dor… e do medo!/ Meus poemas são, todos eles.”. Logo,
sua “verdade”, está em sua poesia, em seus versos, na comunicação que estes
estabelecem.
Em todas as quatro obras
o “eu lírico” valoriza a arte de escrever. Exemplo é o poema “Exílio” (p. 171),
dedicado ao escritor Francisco Aurélio Ribeiro, em Colóquio
das árvores, quando o “eu
lírico” declara o seu desejo de escrever: “No Oceano povoado,/ Por letras,
acentos e velas,/ Busco a folha em branco./ Terra firme onde a palavra,/
Insurrecta, prospera.”
Em Arcano
dezenove, no poema 1-
“Despertar” (v. 25-29, p. 21) e no poema 2- “Poemas” (v 1- 7, p. 22) a autora
emprega a palavra “ritmo”
1 – Desperta tudo que
dormita:
Emoção,
mímica, interjeição…
Transita
no ritmo
Explode
e goza num grito
Poesia!
2 – As letras que,
amorosamente,
coloco
sobre o papel
não
fazem o poema e o
ritmo embalado
que
se alterna em toques
não
lhe confere musicalidade.
A
minha pena guarda segredos [….]
O “eu lírico” reconhece
que o ritmo é um trânsito para a expressão poética. Ele só não basta para o
texto integrar-se com a linguagem poética. É necessário haver uma articulação
sintática e semântica na configuração rítmica e melódica para o poeta chegar à
metáfora do sentimento, sem preocupar-se com a precisão conceituosa como faria
um filósofo. Porque o poeta busca a imagem adequada para expressar o sentimento
que imperará em seu texto. A metáfora é a sua arma expressiva: “Explode e goza
num grito/ Poesia!” (ex. acima 1). E a poesia que “explode” é a bela
interpretação que surge para apresentar o estado espiritual do “eu lírico”,
expressado numa expressão autêntica de uma iluminação da existência humana no
universo, guardada no silêncio da alma: “A minha pena guarda segredos.”
(ex. acima 2).
Agustín Basave Fernández
del Valle (2002, p. 28) conceitua a poesia como linguagem rítmica, que emociona
e agrada com significado existencial pleno: “La poesía es lenguaje rítmico,
selecto y cautivante de lo emotivo, vertido bella y metafóricamente, em
plenitud significativo existencial”.
De uma maneira geral,
muito se tem procurado em prosa e verso conceber a poesia e se pretende que é
alguma coisa que ao ouvido
agrada, dá prazer estético, respeita
os limites do espectador, exige distância e convida o olhar para uma comunhão
acalentadora. Chega-se sempre
à conclusão de que é uma bela interpretação da vida do homem, quer seja
espiritual ou moral. Logo, sua essência é a manifestação semiótica que mana e
dá prazer bom ou mal ao leitor.
Octavio Paz (1982, p.50)
esclarece que “O poema nos revela o que somos e nos convida a ser o que somos.”
O leitor encontrará
nesse quarteto de obras de Renata Bomfim uma interferência de valores e de
experiência de vida. Um descobrir do mundo ao redor, como quando o “eu lírico”,
no poema “Irmandade”, em Mina (p.
17), confessa seu desejo de integração:
[…]
Há forças que não
podemos explicar.
Elas fazem com que nos
juntemos
e queiramos estar
no desejo do outro
e desejemos ser o outro,
bebendo da fonte e
brotando da terra.
Um outro tão
espe(ta)cular
e próximo que bem
poderia ser nós mesmos.
Em Mina, Renata reúne 89 poemas, colocados em três
sessões poéticas (“Na Lavra”; “Arrebentação/ Explosão”; “Deslumbramento” e
“Lapidação”), que vêm acompanhadas de epígrafes com textos de: Walt Whitman,
Hilda Hilst, Charles Baudelaire e Freda Cavalcante Jardim, respectivamente.
Nessas seções há teceduras de desejos, solidão poética, paixão e abandono. Há
erotismo, a despeito de tabus, na procura de eternizar um momento, em
“Encontro” (p. 82): “[…] Mas o divino acontece/ e nossos eus se tocam/ Eis o que acredito ser/ o
milagre da vida”
A autora relaciona
mitos, por exemplo, o de Penélope e Pandora, em “Tecendo a espera” (p. 103),
numa busca de sonhos que crescem e se desfazem (“lei do ofício de tecer”), mas
há uma esperança afinal, “mudanças acontecem”. Lamenta a morte de um animal de
estimação “Minha Lili” (p.135) e uma amiga “Canção para Frida Kahio (p. 133), e
cita e parafraseia Fernando Pessoa em “Mentiras sinceras” (p. 85-96): “Eu finjo
e minto sim!/ Finjo ter o que não tenho e/ ser a pessoa que não sou”, e ou
mencionando os “fingidores”, os poetas: Pessoa, Nobre, Hilda, os irmãos Campos,
com a assistência de Pignatari. Além desses poetas, faz referências a outros:
Juan Ramón Jiménez, Drummond, Cabral e Adélia Prado, comprovação de que é uma
leitora sensível e intelectual.
Em Arcano
Dezenove, com perto de
noventa poemas, oito epígrafes como uma forma de dizer mais, que abordam o
social, o político, o literário, o meio ambiente, o religioso, o folclórico, o
feminino e o erótico, a poeta torna a mostrar uma pessoa sensível, culta e
cultivadora de uma sincera amizade, e dedica-o a “todas as pessoas que acreditam”. Com o poema
“Cicatriz” (p. 37) a autora retrata o estigma do feminino, desde a origem do
mundo, destinada a mulher ao cotidiano trabalhar e a ser desrespeitada.
Nos subtítulos, isto é,
nas “partituras” (“Memória”, ‘Quintessência”, “Transição”, e “Rituais”)
os tempos se encontram.
Toda a obra envolve o
leitor numa atmosfera de paz. O título tem como base a numerologia e o tarô. Na
obra há um direcionamento para uma “desnudes“ do conhecimento de um mundo
transformado, recriado e purificado pelos símbolos. Nas marcas da emoção e nas
imagens, a poesia surge: “Desperta e ama o sabor filosofia!/ Desperta tudo o que
dormita:/ Emoção, mímica. interjeição…/ Transita no ritmo. Explode e goza num
grito:/ Poesia!”. (“Despertar” v. 23-28, p. 21)
No “Poema adâmico”,
abertura de Arcano Dezenove, surge o tema da criação poética, numa analogia
com o Mito do Paraíso. Assim, Adão, o mito bíblico que nomeou os seres, serve à
autora para fazer uma analogia com o fazer do poeta e sua criação mediante a
palavra: “No paraíso da linguagem/ O poeta com desvelo/ Inclina-se para amar a
letra” (v 1-3). Com esse subterfúgio o “eu lírico” parafraseou poeticamente a
história do livro do Gênese para ilustrar a sabedoria, o conhecimento da
significação que o leitor
poderá encontra em Arcano 19, no “Poeta
Adâmico”:
No paraíso da linguagem,
O poeta, com desvelo,
Inclina-se para amar a
letra.
Nesse momento, ele é
Adão,
Ansiando companhia, à
espera
De que a fêmea se
submeta.
Cometidos os pecados,
Do outro lado, a pena:
“Ganharás o pão com
trabalho,
Com o suor de tuas mãos,
E também, com teus
pulmões,
Rins, fígado e coração.”
O homem se pega em
desatino,
A sua vida será labor e
sacrifício,
Mas estava escrito:
Havia de ser assim
Para que pudesse seguir
nomeando
As coisas e povoando a
terra
Com Abeis e Cains. (p.
17)
A autora, em “Poesia vegetal” (p. 81), com a metáfora do
renascer da primavera, apresenta o sentimento poético do recôndito da alma que
“desperta trazendo consigo/ coisas antigas que durante séculos/ foram
silenciadas”. Com apoio de folclóricas receitas ela se vale de vegetais
miraculosos, salvadores da fortuna, do espírito e dos males corporais, que
atendam a orações, e recorda pedidos arcaicos; relembra a ajuda de plantinhas
em benéficos banhos, que, auxiliados pelos eflúvios da erva medicinal e os
delicados raios lunares, reorganizam a vida do outro, em “Banhos de limpeza”
(p. 77): “Os caminhos se abrirão/ o olho gordo cairá por terra/ tua sorte
voltará/ tudo isso com um banho,/ ou melhor, sete banhos”. O poema “Filtros
mágicos” (p. 76) serve ao “eu lírico” de subterfúgios poéticos da técnica de
conselhos, semelhante os de benzedeiras, para estimular a preservação do
ambiente.
[…]
Pegue uma ervinha
brejeira,
catuaba ou coentro.
Besunte no mel e depois
enrole em seu lenço de
algodão
Diga: “Ervinha poderosa
e amiga,
faça “fulano “(diga o
nome da pessoa)
se entregar aos meus
caprichos”
Repita a frase três vezes
enterre o lencinho na
praia
e espere …
Renata, em Arcano
Dezenove, esmiúça a carta do
tarô com uma força mágica interior em uma significativa extensão e, no poema
“Arcano dezenove” (p.35), se despe. Eroticamente, o “eu lírico” vai se
transformar em “cálice” (v.12) receptor do amor, do cosmo: “Te sinto mistério
maior/ Quasares, buracos negros, estrelas/ tudo, tudo, tudo me leva a ti” (v.
24-26) e, diante da beleza e mistério da natureza, com sinceridade poética, se
entrega, e se reveste de “lírios” e “lilases” (v. 21-22). Nesse momento vai
nascer, ou renascer, em toda a sua intensidade.
Como nas outras obras de
Renata, também, em Arcano Dezenove perpassa sua integração com a natureza que
se realiza com profunda intensidade. Viver o impulso vegetal é sentir no
universo a força que desprende do vegetal e sentir-se sereno. No poema “Nossa
Senhora dos raios multicoloridos” (p. 27, v 17-18), o “eu lírico”,
humildemente, declara sua interligação poética: “Meu canto, aprendiz, foi
marcado/ pelo ritmo da natureza”. No poema “Terra’’ (p. 72), indica a
totalidade de seu amor pelo meio ambiente: “Amo a Terra/ Das entranhas ao
infinito/ e os seus arabescos/ Conflitantes/ Divinamente pintados”, e em
“Semear”, apresenta a sua preocupação ecológica e oferece conselhos: “Não
despreze a natureza,/ Não pise na grama,/ nem arranque a flor. […] Semeie,
plante, cultive:/ amizades, flores, árvores, idéias de luz./ Plante e acredite/
Sem fé, amigo, nada germina”. (p. 72, v 1-11).
Em “Pos Mortem II” (p.
39, v. 11-14), com o tema da frustração, o “eu lírico” se desnuda num
auto-retrato, (como num confessionário): “E amei, amei… não o suficiente, mas/
o bastante, se é que isso é possível./ Não fui mais porque não quis/ nunca
pensei no amanhã”.
Despojada da linguagem a
autora vai dando consistência ao império dionisíaco e, com força mágica, vai
dominando a atenção do leitor e, com ritmo que infunde vida, num jeito especial
de escrever, vai brincando com os signos e ensinando-nos o amor à vida e
deflagrando sua vida interior, que é o erotismo, segundo George Bataille, “[…]
o desequilíbrio em que o próprio ser se põe conscientemente em questão”. (1987,
p.29).
Em Colóquio
das Árvores, entre
escritores, mitos, cidades e patriotismos, transbordam preocupação pelo meio
ambiente e amor à natureza, como o título e capa já revelam na cor e na imagem
e a doação do produto das vendas da obra, revertido para a reserva Reluz,
dentro da Mata Atlântica, projeto de proteção ambiental de Renata e seu esposo
Luiz. Mas há, ainda, claramente o objetivo de estímulo à leitura, e de
amor aos livros e às artes, pois além da citação a escritores, a dedicatória é
um estímulo à leitura, e a constância de apresentação de epígrafes. A primeira,
na introdução da obra, antes da dedicatória ao leitor, traz versos de Rubén
Darío, escritor nicaragüense, com o tema da sacralidade da terra, e a segunda
epigrafe, surge antes de uma citação bíblica de Lucas 19:40, “Se estes se
calarem, as pedras clamarão”, com, o poema “O grito da Rosa”, com o
tema da necessidade de protesto, com o tema do desejo de liberdade, com
palavras de Syvia Plath, escritora norte-americana, e, na página seguinte,
ainda na introdução da obra, se encontra uma dedicatória a sua amiga, ex
professora sua e artista plástica, Freda Cavalcanti Jardim, e a Luz Del Fuego,
a capixaba e artista brasileira, pseudônimo de Dora Vivacqua. À continuação
seguem poemas quase coloquiais e, entre a literatura e o folclore e os mitos,
exemplo é o poema “Enciclopédia das plantas” (p.209, louvando as vantagens do
alecrim, da alface, da arruda., da trepadeira, do bambu e, por último da
beladona:
[…]
A beladona é uma moira
que corta o tempo
Sem piedade com a sua
tesoura, mas
Antes brinda o ser com
sonhos lascivos e
delirantes.
Era a planta rainha dos
Sabás das feiticeiras.
Coração
de Medusa, obra bilíngue,
português/espanhol, traduzida pelo poeta espanhol Pedro Sevylla de Juana, creio
que a mais resenhada de suas obras, surge num período da pandemia da covid 19. O poema “O coração da Medusa” (p. 21), que dá nome à obra, trata da entrega
amorosa e da consumação do ato da entrega “A volúpia eternizada/ numa estátua
de carrara”. Esse mito se repetirá em outros poemas. Em “O silêncio da Medusa”
(p. 47 “Incompreendida, só,/ mal vista e mal dita, / Medusa guarda silêncio,/
já não necessita das palavras/ A pedra é consolo e guarita.” O erotismo exala
no terceiro poema desta obra, com 17 versos, na maioria, heptassilábicos. Esse
poema dá nome à obra, “O coração da Medusa”, p. 21, mas não a representará em
sua temática, pois esta é muito variada. O poema relembra uma obra de arte da
mítica figura de Medusa: “A volúpia eternizada/ numa estátua de carrara”. (v.
16-17).
Nessa obra se intensificam poemas eróticos e o
aproveitamento dos mitos, já ilustrados nas obras anteriores, e se adentra na
temática do feminismo, na valorização da mulher, na transformação da mulher e
da importância da escritora que mergulha os dedos “no abismo do tinteiro” (p.
23), constrói “castelos com palavras” (p. 42), e impulsa a outras
mulheres a escrever, a modificar-se: “A sua pena traçou a minha sina” “[…] se
minha avó me visse agora, /Quanto orgulho teria da sua linhagem,” (p. 23).
Também surge na obra aumento da indicação de mitos femininos: Circe, Penélope,
Medeia, Salomé, Cleópatra, Medusa, Eva, Lilith e se acrescentam mitos
literários: Florbela, Beatriz, Renata, ficcionada, mitificada: “[…]
Florbela e Renata./ A nova Eva, desbocada e louca,/ traz no céu da boca o mel,
o fel” (p. 18).
A obra se divide em
quatro partes, todas com epígrafes: 1- “Canto iniciático”, a epígrafe são
versos de “Piedra del Sol” de Octavio Paz, seguidos de dez poemas; 2- “Queda”,
a epígrafe é formada de versos de “Prelúdios-intensos para os
desmemoriados do amor” de Hilda Hilst, seguidos de dez poemas; 3- “Ascensão”
com a epígrafe de versos de “Canto Cômico” de Hernesto Cardenal, seguidos de
onze poemas; 4 “Outros poemas” não consta epígrafe, mas uma nota da autora
explicando como e o porquê foram gerados e fazem parte do livro. Era como
se a autora tivesse necessidade de um dizer mais de um desejo de “[…] ressoar a
voz serpentina da Góngora” [… e que ] Foi entretecido nas sombras de mim mesma,
fio a fio… cada ponto uma busca, cada busca uma surpresa, um vazio, uma
saudade, uma esperança: medusa é a sombra de Penélope” (p. 98). Os sete poemas
desse acréscimo são construídos por subdivisões.
O poema “Litania à serpente ou a nova gênese” (p. 17-18)
dedicado às “mulheres desse novo mundo”, com 17 versos, apresenta um valor
emotivo, sensorial em estado abstrato. Os olhos maravilhados, espantados, do
“eu lírico” assiste a um encontro sigiloso do mundo e deseja renová-lo, e
aumentar o amor, livrar-se “da luz que cega e separa” ( v.24):
O mundo,
Nave? Claustro? Túmulo?
Espaço vazio e nulo,
esteriliza pelo horror,
o absurdo.
[…]
Preciso repovoar o mundo,
dar novos nomes a tudo e,
para Eros, missão
precisa:
flechar a si mesmo!
Em fim, nas obras
poéticas de Renata Bomfim, Mina, Arcano Dezenove e O coração de Medusa, ela busca envolver o leitor apontando seus
sentimentos sociais, morais e culturais. Ali se encontram as admirações e
inquietações do “eu lírico”, nas recriações da vida.
REFERÊNCIAS
BATAILLE, George. O erotismo. Tradução de Antônio Carlos Viana. Porto Alegre: L&PM, 1987.
FERNANDO DEL VALLE, Agustín Basave. ¿Qué es poesia? Introducción Filosófica a la poesía. México: Fondo de Cultura Económica, 2002.
BOMFIM, Renata. Mina. Vitória: Helvética Produções Gráficas e Editora, 2010.
——. Arcano Dezenove. Vitória: Helvética Produções Gráficas e Editora, 2015.
——. Colóquio das Árvores. São Paulo: Chiado Editora, 2016.
—— Coração de Medusa. Vitória: Editora do Autor, 2021.
PAZ, Octavio. O arco e a lira. Tradução de Olga Savary. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1982.
ESTER
Abreu Vieira de Oliveira, professora
Emérita da Ufes, atua nas áreas literárias de teatro,
poesia e narrativa das Literaturas brasileira e hispânica, com publicações de
tradução, poesia, ensaio, crônicas e livros infantil e didático. Nasceu
em Muqui. É Doutora em Letras Neolatinas (UFRJ), Pós-doutora em Filologia
Espanhola – (UNED – Madri- ES), mestre em Letras-Português
(PUC-Paraná). Pertence ao Instituto Histórico e Geográfico do Espírito
Santo, à Academia Espírito-santense de Letras, Cadeira 27, atual Presidente, à
Academia Feminina Espírito-santense de Letras, Cadeira 31, e a outros segmentos
culturais e literários do Brasil e do exterior. Recebeu várias homenagens e
prêmios por sua atuação profissional, inclusive o nome do prédio do Centro de
Língua para a Comunidade da UFES recebeu o seu nome. Participou de organizações
de obras literárias e de congressos estaduais, nacionais e internacionais, e
tem várias participações em congressos no Brasil e no exterior.
Texto publicado na Revista Incomunidade
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