Espaço literário e de defesa da arte, do meio ambiente e da democracia, compartilhado pela escritora e ativista ambiental Renata Bomfim.

19/09/2007

O tao com cauda de peixe


O grande portal era a entrada do lugar
onde um Tao, com cauda de peixe, adornava a entrada.
Lá, vi pessoas estudando, e ao centro da grande sala,
muitos incensos queimavam em uma espécie de recipiente.
Um homem me acompanhava,
ele não era nem muito moço e nem velho.
Império do silêncio e da meditação, logo percebi que
a minha presença despertava a atenção dos presentes.
Acordei, mas jamais me esqueci daquela experiência,
espero um dia poder novamente visitar
aquele mosteiro do lado de lá.


Essas asas que me carregam para longe
e para o alto, que me arrancam do chão firme
das certezas cartesianas,
e me lembram que a vida é mais, muito mais....
Plena de mistérios
e povoada por fantasias tão reais
que me pergunto se não estaria sonhando,
agora, por exemplo?

Este oco, este buraco sem fundo que as almas possuem,
que a minha alma possui
alma-queijo- suíço, incompleta, labirintos de ar,
serão motores do desejo?
será que terá representação na outra dimensão a
falta? A existência completaria seu sentido lá?
seriam rompidas as correntes que separam o Ser de sua essência?

Não sei! só sei que estive lá, no lugar que descrevi,
minhas asas me levaram, eu sei!
sei também também que tive companhia
e que ao acordar, havia a saudade.

byrenatabomfim

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