19/01/2008

L i q u i d e z

Gestos fluem em rios de lágrimas
conflitando, aflingindo,
desbravando, colidindo
convertendo em jardim a terra seca
de onde nasce um olho- d' água.
Novos gestos e novas lágrimas
con-fluem e
re- tornam para o rio,
Sofrimento por ser este ser
coisa revoltada
que resiste a coisificação.
Luto (em vão) pra não ser arrancada e
(re)clamo pelo deserto da indiferença
como que amarrada, sem ação,
mas independente de mim o rio corre e
eu corro pra não pensar e
esboço poesias.
Gosto de letra na língua
linguagem assombrada, furiosa
e meio dissol-vida
insurecta- ousada
incompreendida.
Líquida- mente,
eu sigo com o rio que na poesia
Nada.
BAIrenatabomfim

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