13/02/2008

Entre a luz e a escuridão
há um rasgo,
uma fissura,
por onde o tempo espia,
de lá se contrai,
em dores, a ternura.
E já nascemos na bruteza,
com um grito embargado na garganta,
que quando liberto,
revela ecos de outras vidas,
palavras- trama,
e somos postos entre o estro e a afasia.
Sempre em busca da beleza,
a alma, só na arte se encontra,
aprende a plasmar a terra e a si,
sua ferramenta, o coração.
E pra validar a existência
transforma o caos em esperança,
recria, se pare fora do tempo,
nas asas da poesia.


bairenata

6 comentários:

Anônimo disse...

Renata, gostei muito desta poesia. Parabéns. Mas não me vieram em mente títulos muito interessantes. "Poesia na fissura do tempo" (?)
Beijos,
Letícia M.

Jacinta Dantas disse...

Belo poema, menina. E por falar em belo, um titulo que sugiro é:
em busca da beleza. Penso que combina bem com o todo do texto.
Beijos

Jacinta

Dauri Batisti disse...

Caramba,
que poema lindo. Mesmo!
Sem título é perfeito.

Luis Eustáquio Soares disse...

e aí, poeta... tudo bem? cada vez mais seus poemas tocam na fibra da música das vísceras, fazendo soar alteridades.
meus parabéns.
abraço,
luis

Renata Bomfim disse...

Valeu queridosssss
[]s
renata

Fleury disse...

As escolhas não são mesmo por acaso, não é?
Tal mestre,tal orientanda! Leio Renata, leio Luis Eustaquio: irmãos no amor à poesia.
Beijo,
Karina.