26/02/2008


Eu busco na palavra, abrigo e,
contemplo o tempo perdido
nos sulcos de minha face,
nas minhas mãos estendidas.
Busco amores esquecidos,
rosas murchas,
meu coração
está prenhe de saudade.
Sou a lua adolescente
vista por olhos seculares,
esferas constituintes
das formas elementares,
ameba, átomo, fractal,
espetáculo de cores.
Sou um soneto
que àquela poeta cantou
fazendo vibrar a alma.
E choro baixinho
deslumbremocionada
porque sou tudo,
em mim habita o uni-verso,
e porque sou pó,
sou nada.

3 comentários:

Jacinta Dantas disse...

Sou tudo e sou nada,
Sou partícipe
Sou partícula
Sou Eu
no todo e em parte

Beijos
Jacinta

Anônimo disse...

Renata,
fascinada com teus versos fortes, verdadeiros. Achei excelentes. Te superas a cada poesia.
Um beijo,
Leticia M.

Renata Bomfim disse...

Obrigada pelas palavras sempre tão gentis, Letícia. Meu abraço apertado também para a amiga Jacinta...