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26/02/2008


Eu busco na palavra, abrigo e,
contemplo o tempo perdido
nos sulcos de minha face,
nas minhas mãos estendidas.
Busco amores esquecidos,
rosas murchas,
meu coração
está prenhe de saudade.
Sou a lua adolescente
vista por olhos seculares,
esferas constituintes
das formas elementares,
ameba, átomo, fractal,
espetáculo de cores.
Sou um soneto
que àquela poeta cantou
fazendo vibrar a alma.
E choro baixinho
deslumbremocionada
porque sou tudo,
em mim habita o uni-verso,
e porque sou pó,
sou nada.