Te encontrei assim,
caminhando.
Tinhas as mãos soltas,
sem pesos e nem bagagens.
Eu, toda estrada,
já vislumbrava o sem fim,
perdida em bifurcações que
me trouxeram a esse ponto,
marco precioso na topografia
do meu entendimento.
Caminhavas e eu te buscava,
seguia os teus passos
imaginado o teu ritmo,
o som da tua respiração.
Quem sabe, ofegantes,
pudessemos matar a sede
na boca um do outro.
Inexplicáveis e
contraditórios sentidos,
setas e retas
atravessadas por desejos oblíqüos.
Eu olho para o horizonte e
digo SIM, encantada.
Vejo esse mundo todo estendido
se ofertando em novos caminhos,
desejantes estradas.
Juntos agora, continuaremos seguindo,
nas estreitas e mau sinalizadas curvas
dos nossos corpos, batizados de inéditos,
terra que ainda não foi pisada.
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