21/07/2008

Corpo literal

Comeu o texto
até se entalar e,
lentamente o (di)geriu.
Deglutiu cada palavra:
ardor, úlsera, mágoa.

Bolos de frases
gargantearam,
dissolvendo-se
perigosamente.

Substâncias inauditas
correram pelo sangue.
Nada é estanque
no corpo literal.

5 comentários:

Sr do Vale disse...

As palavras deglutidas,
Restauram-lhe.
Restauram
Resta
esta
Re.

Jacinta Dantas disse...

E a palavra não pode ficar retida, fazendo "bolos" na garganta. É preciso deixar fluir, correr pelo sangue e sair, sair, esvair-se.
Beijos

Renata Bomfim disse...

olá amigos,
sempre um prazer recebê-los no nosso cantinho...
Uma ótima semana
Muita poesia na cabeça

Wilbett disse...

e das palavras
restaram as larvas
vãs palavras sacadas
desmatizadas,
no vão das palavras

Unknown disse...

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