Canto, brinco, vibro,
hoje o corpo está autorizado,
redimido, pelos desejos mais loucos.
Nada profano,
Nada é pecado,
simplesmente canto, brinco, vibro,
danço, seduzo e sou desejada.
Liberadas as fantasias, explodo,
brilho cores que não tenho,
sou quem não sou,
sou quem gostaria de ser,
sou um ser que jamais seria.
Esbanjo fluidos divinos,
no êxtase pagão dessa alegria.
Nessa terça, sem terços e nem mordaças,
festejo o dia de reis, sou Rainha,
executo ritos, experimento vislumbrar,
no rosto a face esquecida.
Amanhã é outro início,
vão-se os gritos, os brilhos e os véus,
vão-se os poderes todos,
fica o resquício desse eu carnal
pele bendita prenhe de vontades,
epiderme espacial, onde, coletiva,
existo.
bairenatabomfim
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