25/01/2012

Antologia de poetas alentejanos (Publicação da Câmara Municipal de Vila Viçosa)


Olá amigos, a Câmara Municipal de Vila Viçosa, além da Revista Callipole, que reúne textos de pesquisadores portugueses e de outros países sobre a arte de cidadãos alentejanos, publicou também, um volume intitulado Antologia de poetas Alentejanos, que integra a II Série de Cadernos Culturais. Essa obra possui um texto introdutório escrito por Orlando Neves.

Integram a antologia os poetas:
Azinhal Abelho (1916-1979); Jorge de Aguiar (Séc. XV e XVI); Luis Amaro (1923); Jacinto Freire de Andrade (1597- 1657); Mariana Angélica de Andrade (1840- 1882); Luisa Bagão (1960); Mário Beirão (1892- 1965); Mercedes Blasco (1870- 1961); Raul de Carvalho (1920); Frei Antônio das Chagas (1631- 1682); Oliveira Charrua (?); Antônio Ribeiro Chiado (1520- 1591); Hernani Cidade (1887- ?); José Duro (1878- 1899); Florbela Espanca (1894- 1930); baltasar Estaço (1570- ?); Chistóvão Falcão (1515- 1577); Manuel da Fonseca (1911); João Fortunato (1914); Francisco Galvão (Séc. XVI); Joana da Gama (?/ 1686); Manuel Geraldo (1943); Miguel do Couto Guerreiro (1720- 1793); José Agostinho de Macedo (1761- 1831); Manuel João Mansos (1916); Fernando J. B. martinhos (1938); Prates Miguel (1949); Conde de Monsaraz (1853- 1913); Joaquim Namorado (1914); Orlando Neves (1935); Eduardo Olímpio (1933); Carlos Parreira (1890- 1950); Sebastião Penedo (1945); Frei Antônio de Portalegre (?/ 1593); D. Francisco de Portugal (1585- 1632); J. O. Travaganca-Rego (1940); André falcão de Rezende (1528- 1598); Garcia de Rezende (1470- 1586); Tomás Ribas (1918); Bernadim Ribeiro (1482- 1552); Loy Rolim (Évora- 1941); Antônio Sardinha (188?/ 1925); Curvo Semedo (1766- 1838); Antunes da Silva (1921); Manuel da Veiga Tagarro (Séc. XVI- XVII); Silva Tavares (1893- 1964); Maria Amália Vale (1911); Francisco Ventura (1910); Vidal (Séc. XII- XIII) e Conde de Vimioso (1500- 1549).

Joaquim Namorado (1914), poeta de Alter do Chão, escreveu  Lenda para a vida de um vagabundo:

Nasci vagabundo em qualquer país,
Minhas fronteiras são as do mundo,
Esta sina vem-me no sangue:
Não me fartar! Um desejo morto,
mais de dez a matar.

O caminho é longo!...
-Mas nada é longe e distante
quando se quer realmente...
E nunca o cansaço é tão grande
que um passo mais não se possa dar.

Carlos Parreira (1890- 1950), de Serpa, escreveu  Moças de Portugal:

Moças de Portugal, Ah que tristura
Quando cantais assim pelo poente
Se eu compreendo a história de amargura
D'essas canções que falam tanto a gente...

Se quando vindes pela estrada e quando
Ergueis a voz n'uma canção dolente
Como que escuto o coração rezando
dentro do peito comovidamente...

Ai, quando um dia, todo engelhadinho,
Eu tiver de partir, deixar a vida,
deixar as minhas afeições antigas...

Vinde embalar o trêmulo velhinho...
Dizei-lhe uma canção enternecida,
Ó suaves e tristes raparigas!

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