Memoria tengo de la señora
Meregilda
vecina lejana por vieja, sola y pobre;
alimentada de gallinas muertas y
barbojas,
quizá berros. Daba un poco de
miedo
a los niños, y algo de pena.
Vi bajar de
la Montaña, carretera de
Santander,
antiguo Camino Real,
tranquilas,
imperturbables y flemáticas,
exóticas
yuntas de bueyes.
Vi desplegar
sus artes en el callejón
de Castaño a
copleros,
comediantes y
vendedores de cacharros,
que el
alguacil anunciaba haciéndolos saber.
Mi exilio se
fue configurando
en las
distintas andaduras posteriores:
cerca y
lejos, imaginarias y reales.
Y en mi
alejamiento de emigrante,
el inventario
de recuerdos,
esmerilado
por el olvido,
va
acortándose presto un día y otro.
Así que
parece lo prudente apuntarlo hoy
mejor que
mañana, les digo a mis nietos,
los cinco
que ahora
tengo.
PSdeJ
Biografia:
Pedro
Sevylla de Juana
nasceu em plena agricultura, lá onde se juntam La Tierra de Campos e El
Cerrato, Valdepero, província de Palencia, em Espanha; e a economia dos
recursos à espera de tempos piores ajustou o seu comportamento. Com a intenção
de entender os mistérios da existência, aprendeu a ler aos três anos. Aos nove
iniciou seus estudos no internado do Colégio La Salle de Palencia. Para
explicar as suas razões, aos doze se iniciou na escrita. Cumpriu já os sessenta
e oito, e transita a etapa de maior liberdade e ousadia; obrigam-lhe muito
poucas responsabilidades e sujeita temores e esperanças. Viveu em Palencia,
Valladolid, Barcelona e Madrid; passando temporadas em Genebra, Estoril,
Tânger, Paris, Amsterdã e Brasil. Publicitário, conferencista, tradutor,
articulista, poeta, ensaísta, crítico e narrador; publicou vinte e três livros
e colabora com diversas revistas da Europa e América, tanto em língua espanhola
como portuguesa. Trabalhos seus integram seis antologias internacionais. Reside
em El Escorial, dedicado por inteiro às suas paixões mais arraigadas: viver,
ler e escrever. www.sevylla.com
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