Os olhos da Medusa
não são maus, mas,
De desejo sobre a coisa
Admirada, querida.
Tentativa desesperada de
Deter a ação corrosiva do tempo,
Perpetuar a beleza.
As serpentes bailam desvairadas
sobre a cabeça. São as cordas
da lira desafinada dessa Musa
Desterrada, estranha e triste,
Que só quer uma coisa na vida:
Ser amada.
Lisboa, 31-10-2013
*RB
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