“Não tenho queixas da vida, porque ela ainda me dá
razões
para olhar as estrelas e repetir em silêncio o nome
de Deus”
(Carmélia Maria de Sousa).
Carmélia Maria de Sousa (1936- 1974), a “cronista do
povo”, como ela própria se intitulava, é uma cronista capixaba cuja obra é
marcada pelo seu tempo, pois a escritora surgiu no cenário literário em 1958 como
a voz da contracultura. Ela foi considerada
por Agostinho Lázaro como uma das melhores cronistas do Espírito Santo e por Francisco
Aurélio Ribeiro como sendo a responsável por popularizar a crônica escrita por
mulheres no Estado. Carmélia possui uma escrita carregada de ironia. Mas,
a obra dessa escritora extrapola o seu tempo e se renova, pois, é toda permeada
pela poesia e fala de amor, de solidão, de esperança, e de outros temas que
evocam vivencias que nos irmanam independente do tempo. De forma engraçada, Carmélia
“espinafrou” a alta sociedade em suas crônicas, ela era uma mulher com personalidade
forte e coração sensível e bondoso, segundo o depoimento de vários intelectuais
que foram seus amigos, entre eles Milson Henriques e Amylton de Almeida. Falar
de Carmélia Maria de Sousa, além de uma alegria, é uma possibilidade de compartilhar
um olhar sobre a sua obra que está reunida em um único livro chamado Vento sul, publicado postumamente.
Palestrante: Renata Bomfim
Nasceu na Ilha de Vitória/ ES (21/11/1972). Escritora
mestre e doutora em letras pela UFES, ocupa a cadeira nº 16 na Academia Feminina
Espírito-Santense de Letras e é membro do Instituto Histórico e Geográfico do
ES.
Palestra na Biblioteca Pública do Espírito Santo, dia 14 de junho de 2016, às 17 horas.
Av. João Batista Parra, 165 – Praia do Suá – Vitória – ES
Telefone: (27) 3137- 9351
E-mail: bpes@secult.es.gov.br
Facebook: Biblioteca Pública do Espírito Santo
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