24/10/2016

Fome

Quero a carne tenra:
Teu corpo.

Sorver o teu dentro,
Conhecer a doce e o azedo.

Digerir as tuas certeza
desfazendo-as uma a uma.
Até que não saibas de mais nada.

Ah! o choque
de sentir
a matéria sutil e bruta
pelo avesso.

Conhecer o esplendor:
A tua humanidade.
Vê-la emanando das sombras.

Desejo, desejo, desejo não
Desejar nada além do absoluto.



RB. Vitória, ES, out 2016