01/01/2018

Simone Lacerda (por Celise Conceição A. da Rocha)

   

  Arame farpado é a primeira obra da escritora Simone Lacerda, publicada pela Editora Cachoeiro Cult. Ela atualmente leciona como professora de português, nascida no estado do Rio de Janeiro, mas que, se considera cachoeirense de coração, por ter vindo ao estado do Espírito Santo quando criança.
  Sua obra é composta por 38 crônicas que abordam as temáticas da contemporaneidade e as pessoas que nela habitam. Sua obra nos faz refletirmos sobre as nossas condutas do dia a dia, pois seu livro está voltado ao empoderamento do indivíduo. Tratado por diversos assuntos do cotidiano, com um toque especial da essência da poesia. E também ela tem como inspiração grandes nomes da literatura em especial ela destaca Adélia Prado e Drummond. Segundo Simone “Escrever faz a gente raspar a pele em vidros quebrados, sangrar, anunciar... ” (p. 18). Ela em sua primeira crônica descreve os desafios da escrita, desafios estes que eu também enfrento todos os dias, mas que estou conseguindo superar a cada dia.
  Temos em sua obra a crônica “Em tempos” onde a escritora descreve a personagem Alice que enfrenta a correria do dia a dia, com diversos relógios espalhados por sua casa, na tentativa de sempre se controlar no horário. Mas estes grandes controladores de nossas vidas, os relógios, na maioria das vezes nos deixam presos, pois estarmos tão preocupados com as obrigações a serem feitas, que não conseguimos parar um pouco e “contemplar o belo”, as coisa mais simples da vida que realmente nos traz felicidade, assim como descreve Augusto Cury, faz-se necessário, por um estante, a reflexão de si mesmo segundo sugere Simone. 
  E também temos a crônica número seis que recebe o mesmo nome do livro “Arame Farpado” onde a autora se descreve, com o seu jeito de ser, suas vontades, a mesma escreve que prefere não seguir as regras ditadas pela maioria das vezes mas que prefere por andar pela contramão. Estas características descritas pela autora que nos mostra a sua singularidade e sensibilidade como escritora.

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