05/10/2022

RUBÉN DARÍO: RETRATO ÍNTIMO (Profa. Dra. Renata Bomfim)

 Renata Bomfim[1]

Visita ao túmulo de Rubén Darío. Catedral de León.

Dedico esta comunicação aos amigos(as) poetas nicaraguenses.

Foi pesquisando a literatura portuguesa que me deparei com a portentosa voz poética de Rubén Darío (18-01-1867- 06/02/1916). Desde então, visitei quatro vezes a Nicarágua, sua terra natal, onde tive a oportunidade de conhecer a casa onde nasceu, na antiga Metapa, hoje Cidade Darío, e a casa em León, onde passou a infância e adolescência com os tios-avós, o Coronel Ramirez e Dona Bernarda Sarmiento. Foi emocionante ver o retrato, tantas vezes observado em livros, do menino prodígio Félix Rubén García Sarmiento que, aos três anos de idade já sabia ler, aos oito escrevia poesias, e que submergia em leituras como O Quixote, As Mil e uma noites, a Bíblia; os Ofícios de Cícero e A Corina, de Madame Stãel”, nas incursões que fazia na biblioteca de seu tio-avô. (DARÍO, 1990, p. 8).  

Visitei a Catedral de Léon, conhecida como “Catedral da Luz” por sua luminosidade e amplitude, local onde estão sepultados os restos mortais do insigne poeta Rubén Darío, descansando guardado por uma escultura de rara beleza e dramaticidade: "O Leão que chora”. Sou profundamente agradecida pela oportunidade que tive e tenho de ter conhecido mais de perto a Nicarágua, sua gente e sua arte, e por poder dialogar com escritores, pesquisadores e poetas, muitos desses, para minha alegria, acabaram se tornando grandes amigos. 

Rubén Darío é uma das personalidades mais extraordinárias e inquietantes da história da literatura latino-americana. O poeta possui uma fortuna crítica de grande vulto, elaborada em diferentes épocas. Materiais vários que, no percurso da pesquisa de doutorado que realizei na Universidade Federal do Espírito Santo, entre os anos de 2010 e 2014, me permitiram delinear um “retrato íntimo” do poeta nicaraguense que busco compartilhar nessa comunicação. Esse retrato íntimo não ambiciona ser algo acabado, antes, busca destacar   aspectos que me marcaram de forma indelével durante o percurso de pesquisa da sua obra. 

O amor foi a porta por onde ingressei nos estudos darianos. Eros, esse arquétipo contraditório e extraordinário que abarca em si, tanto as necessidades do ser, quanto as suas potencialidades, a partir do poema “Amo, Amas”, de Cantos de Vida y esperanza, me guiou para novas e inusitadas paragens temáticas, como o mito e a política. Pedro Salinas (1948, p. 28) afirmou que “Es el amor a la poesía, la resulta voluntad de dedicar lo mejor de sí al arte”.

No poema “Amo, amas”, Darío repete sete vezes a palavra “amar”, uma vez a palavra “amo”, uma vez a palavra “amor”, e uma vez a palavra “amas”. No livro Historia de mis libros (2008, p. 30) o poeta fala a respeito deste poema: “pongo el segredo del vivir em el sacro incendio universal amoroso”. O amor, poeticamente cantado por Darío, tem como marca a continuidade: “Amar, amar, amar, amar siempre”, ou seja, para além do simples prazer que se esgota na carnalidade― embora esta seja uma das facetas complementares e privilegiadas da poesia dariana―, observamos um amor completo, íntegro, que se desprende das amarras da individualidade. Darío defende o amor como um exercício verbal que deve ser conjugado “con todo el ser /con  la tierra y con el cielo,/ con lo claro del sol y lo obscuro del lodo.(DARÍO, 2011, p. 427).

Na juventude, os primeiros arroubos amorosos do poetas lhe inflamaram a imaginação, ele afirma, na sua biografia, que após o ato amoroso: “Jamás escribiera tantos versos de amor como entonces. […] Esas exquisitas cosas de los amores primeros que nos perfuman la vida, dulce, inefable y misteriosamente (DARÍO, 1990, p. 22). Salinas (1948, p. 58) descreveria Darío com sendo: “el revolucionario máximo del concepto del amoroso”. E essa revolução pode ser observada no constante convite realizado pelo eu poético: “Ama tu ritmo e ritma tus acciones” (“Ama tu ritmo”), afinal, até “la fiera virgen ama” (“Estival”).

Para Francesco Alberoni (1998, p. 11) “erotismo não é um estado, é um processo” que traz como valor fundamental a alteridade, pois, ele se apresenta sob o signo da diferença. O longo percurso cumprido pelo eu poético dariano, mostra que o amor não respeita fronteiras: “Si te place, amor mio./ volvamos a la ruta/ que allá em la primavera/ ambos, de manos juntas/ seguimos embriagados/ de amor y de ternura” (“Pensamiento de Otoño”). Como diz o poema somente o amor torna possível superar “la montaña de la vida” (“Amo, amas”); é por isso que o amor, para Darío, se torna instrumento de revalidação do viver, se torna poesia e mito.

Amor, en fin, que todo diga y cante, 

amor que encante y deje sorprendida 

a la serpiente de ojos de diamante 

que está enroscada al árbol de la vida. 

(DARÍO, 2011, p. 299 ).

        

Darío compôs o poema “Amo, Amas” após ler Plotino e em diálogo estreito com Victor Hugo (1873-1907). Estes escritores persistem na repetição de palavras de caráter afetivo. Essa operação pode ser vista em Hipólito de Eurípedes, na voz do coro que clama: “amor, amor...”, “Eros, Eros”. O coro também se faz ouvir em Garcilaso de la Vega (soneto XXVII): “Amor, Amor” (MASSARO, 1954, p. 273).

No livro Azul... (1888), agrupados sob o título “El año lírico”, encontramos poemas que indicam que o tempo é propício para o amor e para a poesia. A floresta exuberante torna-se a casa de faunos, ninfas e deusas. Em “Primaveral” (DARÍO, 2011, p. 255), o eu poético dariano convida a amada para que possam tomar posse, juntos, do território sagrado da natureza: “Amada, ven. El gran bosque/ es nuestro templo; allí ondea/ y flora un santo perfume/ de amor”. As rimas, quais abelhas polinizadoras, “rondan a la vasta selva a recoger miel y aromas/ en las flores entreabiertas”.

Hoje, quando leio estes poemas, me vêm à mente o quanto a sociedade contemporânea dessacralizou a natureza, o que nos legou uma crise ambiental sem precedentes, e uma das lutas do movimento ambientalistas atual é que essa dimensão seja recuperada. É como se Darío orientasse a sua poesia como uma flecha certeira na direção desse nosso tempo.

Observamos que, na obra dariana, a natureza animada saúda os amantes que passam: “Es el Dulce tiempo de la primavera”. As ninfas desnudas brincam nesse reino, elas conhecem “himnos de amores en la hermosa lengua griega” (2011-g, p. 255). O eu lírico diz à amada que usará a flauta criada pelo deus grego Pã, em tempos antigos, para colocar nas suas rimas: “La palabra más soberbia/ de las frases, de los versos, /de los himnos de esa lengua”. Aquí, observamos uma característica cara ao movimento modernista hispano-americano, é o momento em que Darío se volta para o simbolismo francês e para o procedimento temático e estilístico dos chamados poetas decadentes. Juan Valera (DARÍO, 2011, p. 24) afirmou que na obra Azul..., “Cada composición parece um himno sagrado a Eros”.

Ainda no livro Azul..., o poeta se posiciona contra o homem prático e prosaico, o seu canto acontece em defesa da poesia e contra a mercantilização da arte. O poema “A un poeta” compara o poeta ao herói grego Hércules que, “louco”, ou seja, cegado pela paixão por Onfale, “la clava deja y el luchar rehúsa" (DARÍO, 2011, p. 276). Este poema é um alerta, uma convocação para que o poeta deixe o mundo idealizado dos poemas anteriores, onde impera o princípio do prazer, e se reinsira na realidade que é luta: “Cante valiente y al cantar trabaje”. O texto finaliza com a quadra: “Deje Sansón de Dalila el regazo:/Dálila engaña, y corta los cabellos. No pierda el fuerte el rayo de su brazo/ por ser esclavo de unos ojos bellos” (DARÍO, 2001, p. 277).

Este chamado será melhor entendido no poema seguinte, “Caupolicán”, que narra a heroica façanha do índio Toqui que se tornará chefe de sua tribo. Este poema é representativo da evolução da consciência poética dariana, indicando uma transição que se concretizará em Cantos de vida y esperanza, quando os valores hispano-americanos emergirão de forma mais contundente na sua escrita.

O mundo interior dariano, mítico e mágico, não é fechado nem imune a intervenções. A dimensão política anti-imperialista de sua obra pode ser observada no poema “Estival” que narra a invasão da floresta, a quebra do equilíbrio dinâmico do habitat natural, a desigualdade de condições entre a fera e o ser humano que, munido com armas, estabelece novas leis de confronto. Não há chance para a vítima, apenas a revolta e o sonho de vingança. Este poema segue a esteira dos contos que abrem a obra Azul..., como “El Rey burguês”, no qual o eu lírico denuncia o processo de subversão dos valores da sociedade, na qual o poeta se torna serviçal de um ignorante. No poema “Estival” vemos que as bestas amam e os seres humanos matam.

No prólogo de Azul..., Eduardo de la Barra (DARÍO, 2007, p. 148) destacou que Darío “pinta” os tigres de bengala ao estilo do escritor francês Laconte de Lisle, por conta das múltiplas e detalhadas imagens poéticas, como em uma pintura, mas, na sua crítica, não faz nenhuma menção a invasão Inglesa à Índia.

Esta poesia, de cunho eminentemente narrativo, mostra que o tigre sonha em devorar mulheres e crianças “rubios”, ou seja, de peles claras, como as crianças inglesas.  O eu lírico compara o rugido da tigresa que morre, com um “ay” de mulher, revelando a irmanação desta com o reino animal.  Ele compara, também, o tigre ao personagem sedutor Don Juan. O caçador é descrito com ironia, como se observa na referência a “fina raza” dos seus cães.  Além da nova estética, Rubén Darío teve uma posição firme frente aos movimentos políticos como defensor das causas liberais, exercendo “resistencia de las fuerzas conservadoras que se oponían a la modernización de esas sociedades”. (BLANDÓN GUEVARA, 2010, p. 105).

A obra Cantos de vida y esperanza se tornaria, para Darío, uma bandeira de resistência e afirmação da América hispânica, a partir do resgate histórico e literário da cultura pré-colombiana. Observemos o seu prólogo:

 

Si en estos cantos hay política, es porque aparece universal. Y si encontráis versos a un presidente, es porque son un clamor continental. Mañana podremos ser yanquis (y es lo más probable); de todas maneras mi protesta queda escrita sobre las alas de los inmaculados cisnes, tan ilustres como Júpiter (DARÍO, 2001-g, p. 378).

 

José Henrique Rodó havia dito que Darío não era o poeta da América, mas Darío, mostrou que os elementos de sua poesia iam sendo ressignificados, como por exemplo a imagem do Cisne que aparece em Prosas profanas y otros poemas. Em “Blasón” (DARÍO, 2011, p. 302) “el olímpico cisne de nieve”, animal de “estirpe sagrada”, surge como elemento artístico, vinculado as pinturas de Leonardo da Vinci, entretanto, logo a seguir, o poema “El Cisne” (2011, p. 339) mostra que “el Cisne que antes cantaba solo para morir”, agora abriga sob as suas brancas asas “la nueva poesia”, e no poema que encerra o livro, intitulado “Yo persigo una forma” (2011-g, p. 374), lê-se:“EL CUELLO DEL GRAN CISNE BLANCO QUE ME INTERROGA”. Vemos, assim, o cisne de Cantos de vida y esperanza emergir transformado, como esclarece o próprio poeta: “Por el símbolo císnico, torno a ver lucir la esperanza para la raza solar nuestra: elogio al pensador augurando el triunfo de la cruz; me estremezco ante el eterno amor” (DARÍO, 2008, p. 28).

A dimensão política da obra dariana pode ser observada em vários e importantes poemas como “A Roosevelt”, que preconiza a “solidaridad del alma Hispano-americana ante las posibles tentativas imperialistas de los hombres del norte”, proclamando a identidade espanhola desde a sua origem, a América “nuestra”, “católica” e “española”: (DARÍO, 2008-f, p. 26). 

Também no emblemático poema “Salutación del optimista”, observamos a autoridade religiosa com que o eu poético se enuncia: “Es con voz de la Biblia, o verso de Walt Whitman,/ que habría de llegar hasta ti, Cazador”. Nesse poema Darío fala como poeta da América e neto da Espanha, e adverte: “Tened cuidado. ¡Vive la América español!/  Hay mil cachorros sueltos del León Español”.

A autoridade do poema é corroborada, a partir do pressuposto bakhtiniano do dialogismo, pois, mesmo se apropriando de um discurso autoritário como é o discurso religioso, o poeta se vale de múltiplas vozes (polifonia) para que o seu canto seja ALTERITÁRIO. Na poética dariana a esperança está nos campos da resistência e da política.

O poema “Saluptación del otimista” foi escrito na Espanha, durante a madrugada, como relatou Vargas Vila, ele é uma resposta que Darío deu à desolação produzida pela guerra que testemunhou na Espanha. O poeta produziu esse poema motivado, também, pelo convite que recebeu, por parte do Ateneu de Madri, para ler um poema seu. Para Massaro (1974, p. 185) este poema poderia ser apenas uma “feliz improvisación”, afinal o poeta já havia declarado que costumava improvisar seus versos, seja na mesa de um café, seja na redação do jornal, mas, pode ser mais do que isso: a concatenação de suas ideias acerca do hispanismo, da poesia, e da política.

A Espanha havia enfrentado uma forte depressão a partir da derrota para os Estados Unidos na guerra de 1898, quando perdeu suas últimas colônias, incluindo Cuba. Este poema nasceu em 1905, depois que o poeta havia cumprido a sua missão como correspondente do La Nación em Madri, e no momento em Darío recebe o reconhecimento da intelectualidade espanhola. “Salutación del optimista” abriga uma constelação de versos raros. Nele, Rubén utilizou o hexâmetro como estratégia combativa na afirmação da hispanidade, uma forma de protesto contra a intervenção Norte-americana que ameaçava a América.  O poeta se designa ‘otimista’, volta à raiz da raça e saúda os seus pares: “Ínclitas razas ubérrimas”, posicionando-se como um neto da Espanha. O eu lírico saúda e convida à fraternidade: “espíritos fraternos, luminosas almas, ¡salve!”.  Como destacou Mário Mendes Campos (1968, p. 94), “o poeta, agora, emancipado de antigas seduções que o haviam enclausurado em solitários castelos, está identificado com as dores do mundo e as angústias da existência”. Mas, a sua postura é de otimismo, sentimento que brota do íntimo e se alimenta na fé inabalável que investe na raça hispânica: “Un continente y otro renovando las viejas prosapias,/ en espíritu unidos, en espíritu y ansias y lengua,/ ven llegar el momento en que habrán de cantar nuevos himnos. 

O eu poético em “Salutación del optimista” prenuncia o renascimento de um povo sob a égide da esperança: “y en la caja pandórica de que tantas desgracias surgieron/ encontramos de súbito, talismática, pura e riente,/ [...] La divina reina de luz, ¡La celeste Esperanza!”. Darío, como bem destacou no prólogo da obra, destaca a latinidade que coloca tanto a América, quanto a Pensínsula Ibérica como colonizadas, nesse caso, pela “Loba romana”. A “latina estirpe” tem os olhos voltados para o futuro e comprometidos com a esperança. Vale destacar que o poeta, desde menino, foi simpatizante do movimento liberal, bem como, militante do Movimento Unicionista Centro-Americano. Ele acreditava que as colônias: Guatemala, El Salvador, Nicarágua, Costa Rica e Honduras, poderiam se juntar sob uma mesma bandeira. O Coronel Máximo Jerez, seu padrinho de batismo, foi um dos líderes desse movimento. A última tentativa de unificar a América Central foi realizada por Justo Rufino Barrios, ex-presidente da Guatemala, que era seguido pelos escritores liberais, entre eles o nicaraguense Enrique Gusmán. A poesia de Rubén Darío é uma poesia de resistência pois ativa a memória histórica do povo americano e, dessa forma, participa do processo de descolonização.

No ensaio intitulado “A construção de uma literatura”, publicado em 1960, Rama corrobora essa ideia salientando que “o espírito sopra onde quer, e quando o faz na Nicarágua, desponta um Rubén Darío''. Esse é o milagre da alta criação artística” (RAMA, 2008, p. 49).  Para Rama, o desafio e a premência de se “construir uma grande tradição” a partir de nós mesmos, latino-americanos, é uma tarefa que será possível, apenas, a partir da reordenação do passado (RAMA, 2008, p. 35).

Rubén Darío deixou para o mundo da literatura um legado poético construído com maestria e amor. Ele dedicou a vida às letras em um mundo onde cada vez mais elas viravam mercadoria. Darío aos meus olhos, é um poeta que viveu intensamente, ciente do seu papel enquanto intelectual latino-americano, ele é a prova de que uma obra de arte não deve ser encerrada dentro de um tempo, pois ela se atualiza e, assim como o seu retrato, ganha novos contornos. Observo na obra dariana um influxo misterioso, algo que não se deixa apreender, que emana encantamento e fascina, emociona, seduz, esse elemento misterioso, matéria sutil do poético, deve ser captado durante a leitura, como quem vislumbra na noite o brilho de um vaga-lume. 

Referências:

DARÍO, Rubén. Autobiografia: oro de Mallorca. Introducción de Antonio Piedra. España: Mondadori, 1990.


SALINAS, Pedro. La poesia de Rubén Darío. Buenos Aires: Editora Losada, 1948.


DARÍO, Rubén. Obra poética completa de Rubén Darío. Prólogo de Julio Valle Castillo e organización de Ernesto Mejía Sanchez. Managua: Editorial Hispamer, 2011.


DARÍO, Rubén.  Azul…: Rubén Darío: Barcelona: Editora Bröntes, 2011.


ALBERONI, Alberto. Enamoramento e Amor. Rio de Janeiro: Rocco, 1988.

MASSARO, Anturo. Rubén Darío y su creación poética. Bueno Aires: Editorial Kapelusz, 1954.


DARÍO, Rubén. Azul…, Cantos de vida y esperanza. Introducción y comentarios de José María Martínez. Madrid, Cátedra, 2007.


BLANDÓN GUEVARA, Erik. Discursos Transversales: La recepción de Rubén Darío en Nicaragua. Prólogo de Leonel Delgado Aburto. Managua: Banco Central de Nicarágua, 2011.


BLANDÓN GUEVARA, Erik. Rubén Darío: mutilación e monumentalización. In: BROWITT, Jeffrey; MACKENBACH, Werner. (Org.). Rubén Darío: cosmopolita arraigado. (Org.). Manágua: IHNCA-UCA, 2010. p. 104- 126.


BLANDÓN GUEVARA, Erik. Discursos Transversales: La recepción de Rubén Darío en Nicaragua. Prólogo de Leonel Delgado Aburto. Managua: Banco Central de Nicarágua, 2011.


BLANDÓN GUEVARA, Erik. Rubén Darío: mutilación e monumentalización. In: BROWITT, Jeffrey; MACKENBACH, Werner. (Org.). Rubén Darío: cosmopolita arraigado. (Org.). Manágua: IHNCA-UCA, 2010. p. 104- 126.


DARÍO, Rubén. Rubén Darío: Azul…, Prosas profanas, Canto de vida y esperanza. Introducción e comentarios de  Antonio Alvar Ezquierda, Edgardo Buitrago, Pedro Carrero Eras, Ricardo Llopesa y Nydia Palacios. León: UNAM/ Universidad de Alcalá Programa de cooperación con Centroamérica, 2008.


DARÍO, Rubén.  Historia de mis libros. Managua: Amerrisque, 2008.


RAMA, Angel. Literatura, Cultura e Sociedade na América Latina. Organização, seleção e apresentação de Pablo Rocca. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.


***Esse texto foi escrito e apresentado no I Simpósio Internacional Rubén Darío e Juan Ramón Molina, em Vitória, ES, Brasil.

Um comentário:

Unknown disse...

Hermoso texto. Gracias por siempre tener a nuestro Rubén Darío tan cerca de tu pensamiento y de tu corazón. Meu abrazo en la distancia. Saudes.