13/04/2023

Máquina de Guerra (poema/Renata Bomfim)

 

Pequenino.

Petulante.

Quixotesco.

Brilhante.

Insurgente.

Num átimo ele cruza a floresta.

Não foge à luta.

Desafia o falcão.

 

Plural.

Adaptativo.

Nenhum ecossistema

Lhe é estranho.

 

Cria furacões

Com o bater das asas.

Coleta néctar na intimidade

Das flores, é conhecedor

Dos mistérios da polinização.

 

Voa em qualquer direção

À velocidade da luz.

Possui poderosos músculos.

Seu coração bate

Em compasso frenético

Desafiando o tempo.

 

Quem diria,

O um pequeno colibri

É uma máquina de guerra!

 

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