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13/06/2008

Eus

Dedico este poema a Luis Eustáquio Soares, professor que me arrancou do século XIX e apresentou aos estudos da alteridade e da pós-modernidade.

Meus duplos
querem tudo!
O doce e o azedo
o prazer e a dor.
me querem toda
devorada
reduzida.
Eus de mim que não
se entedem e se deixam possuir.
Camadas de peles nuas
peles por sobre os pêlos
suores e agonias.
Saudades da unidade perdida
eu ovo
Ova!
guardada no saco
do escroto
batizada n'agua da bacia
purificada
dos pecados dos outros.