14/02/2010
Guernica hoje
Gernica hoje
Alivia-me dessa dor!
Seca o sangue que escorre e corre,
manchando a terra, a água e a flor.
Livra-me da força do império da agonia
Livra-me do medo dessa côrte maldita
consagrada à fantasmagoria
à vergonha!
Dor dentro e fora do tempo
que me atinge e finjo, finges, finge
que não a temos.
Letargia ignorante,
nem pão e nem circo.
Guernica atualiza-se:
Iraques, Palestinas, Brasís,
tsunamis, maremotos, terremotos
Haitís, favelas, esquinas, praças e
instituições mesquinhas.
Nada vemos, temos, ou queremos,
nada de ventos, nem de brisa, ou de Paz!
Tememos!
Trememos!
Alivia-me do grito que está preso nas entranhas
Liberta-o!
Conjuga os fragmentos dessa tragédia cardeal,
estranha: sem nome, sem rosto e sem norte.
Revela o poder pulverizado que faz chover sangue.
Alivia-me dessa dor que fede, anestesia e tem gosto de morte.
bairenatabomfim
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4 comentários:
salve, renata, que sua visceralidade poética, de dar nome às vacas, nos bois, e vice-versa-e-versa-vice, está cada vez mais certeira.
b
luisdelamancha.
Eicha, que alegria receber a visita do meu amigo e mestre, como vai Luis?
Passei no seu blog e vi que a produção está profícua, fico feliz!
volte outras vezes
Um abração
renata
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