Entre a luz e a escuridão
há um rasgo,
uma fissura,
Por onde o tempo espia.
De lá se contrai,
em dores, a ternura.
E já nascemos na bruteza,
com um grito embargado na garganta,
que quando liberto,
revela ecos de outras vidas,
palavras-trama e
somos postos entre
o estro e a afasia.
Sempre em busca da beleza,
a alma, só na arte se encontra,
aprende a plasmar a terra e a si,
sua ferramenta, o coração.
E para valiadar a existência,
transforma o caos em esperança,
recria, se pari fora do tempo,
nas asas da poesia.
bai renata bomfim
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