03/01/2012

Melodia íntima

Bendita sejas
Entidade fora do tempo
Vendedora da morte.
Te louvo a cada movimento
Desse corpo que carrego e
Sobre o qual pouco sei.
Nesse leito de febres e de tormentos,
A minha alma é rebento
Busca as tuas águas para crescer
Sob os auspícios do contentamento.
Dou graças por tuas mãos grandiosas e ágeis,
Por tua boca suculenta e doce,
Pelas tuas palavras que me invadem e,
Pelos não e desgraças que me arremeçam longe.
Benditas sejam todas as tuas partes
Visíveis e invisiíveis, bem como,
As notas tuas notas agudas e graves
Ressoando potentosas e sublimes
Quando sussuras o meu nome.
Melodia íntima que apenas eu escuto.

3 comentários:

Lucas Repetto disse...

Eis o mistério do ser, que se um dia descoberto perderá toda a poesia!

Fortes manuscritos.

Renata Bomfim disse...

OLá Lucas, feliz 2012!
abraços
renata

José Carlos Camapum Barroso disse...

Olá Renata, parabéns por mais essa bela postagem sobre Florbela Espanca. Gostei tanto que vou colocar o trailer e o making of lá no meu blog. Quanto mais falarmos sobre essa poeta, melhor será. E o filme, pelo que pude ver, promete. Abraço.