Certas coisas “calam” a alma, e uma desesperança preenche, subitamente, o espaço que recriamos, dia a dia, para existir.
Após assistir ao vídeo que me foi encaminhado pela professora e ambientalista Renata Bomfim, já fiquei assustado. Aquilo que eu remoía, previa, sentia, se configurou verdade. O abismo humano, aquele que antecede a erosão objetiva da terra devastada, se estendeu pelas encostas de Domingos Martins.
Hoje passei pelo local do registro das primeiras imagens do desmatamento, e olha que as fotos e o vídeo retratam, de forma clara e objetiva, a tragédia ecológica. Mas as imagens não foram capaz de traçar os limites precisos da desolação que me atingiu.
Pois não tem limite o homem e sua vulgaridade e torpeza.
Derruba-se aqui, ali, e seu entorno.
E o limite é a morte.
A busca da felicidade, do paraíso terrestre, da fuga da Covid nos grandes centros…
A falta de incentivo para a preservação, o parcelamento dos terrenos familiares e necessidade de capitalização… Eis alguns dos argumentos.
E o meio ambiente? A flora, a fauna, a água, o clima…. E a certeza de que haverá vida e a beleza será preservada apesar de nós? O que somos? Assistimos e comentamos? O que fazemos? Passamos no Mundo. Mas o que deixamos?
Sejamos responsáveis e nos unamos para impedir, protestar e combater o que acaba de ocorrer em Domingos Martins pois a Mata Atlântica é frágil e depende de todos nós.
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